segunda-feira, 25 de julho de 2011

MAÇONARIA: UM ASSUNTO POLÊMICO

Erivaldo Brito – Especial para O Guarany

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Eu sempre me questionei por que os adeptos do uso da maconha, os gays, e, sobretudo os diversos segmentos evangélicos capazes de mobilizar milhões de pessoas, não fazem qualquer protesto, nem uma faixa sequer contra a corrupção que assola o país.

Poderiam os evangélicos, por exemplo, colocarem uma faixazinha em uma das suas marchas com o seguinte dístico: “ A favor de Jesus e Contra a Corrupção e a Roubalheira! “ Pronto “ Eu já me daria por satisfeito.

Agora, se o cidadão escrever sobre a Maçonaria...Vixe, Maria! Duvida ? Acesse no Google Maçonaria Loja Maçônica O Maçom: Segredo e o Bode da Maçonaria e leia o belíssimo e bem fundamentado artigo do professor e poliglota Pedro Borges, não deixando de analisar as dezenas de comentários postados e ali inseridos. Como receptividade ao artigo, podemos dizer que foi excelente, porém, denota-se em alguns comentários, total desconhecimento sobre o assunto, um ranço de radicalismo religioso. Radicalismo nós sabemos no que redunda, bastando, para tanto, ater-se nas manchetes dos jornais de hoje que falam na enorme tragédia que se abateu na Noruega, onde foram ceifadas 93 vidas por apenas um atirador que se autoproclamava “cristão radical”. Meu Deus! Cristão Radical! É um total desconhecimento da doutrina cristã.

Nunca fui sondado e muito menos convidado para ingressar na Maçonaria. Faltou-me mérito, com certeza. Isso porém jamais me impediu de ser admirador da Maçonaria, por ser ela mantenedora de princípios de tradição, moral e civilidade.

Na minha Cachoeira e na vizinha São Félix, todos os membros da Loja (como gostam os Maçons de chamar), são homens de conduta ilibada, professam o cristianismo, mesmo porque, sob nenhuma hipótese, aceitam o ateísmo.

Como é do meu estilo coloquial de escrever minhas “mal traçadas”, ilustrando-as com alguns casos verídicos, durante uma reforma do prédio da Maçonaria de São Félix, que coincidia com a construção da barragem de Pedra do Cavalo onde eu trabalhava, encontrei-me com Ranulfinho. Trata-se do advogado Dr. Ranulpho de Almeida Martins (assim mesmo com “ph” conforme fôra registrado), meu velho amigo de piculas e babas no adro do Monte. Falei então com ele da possibilidade de conseguir algum material dado como imprestável na obra, tipo brita, areia, vergalhões e até cimento que, após ser aberto o saco para a confecção de corpo de prova, era simplesmente descartado.

Na hora, como é do estilo de Ranulfinho, ele me levou até a residência do então prefeito Eduardo Macedo. De lá já saí portador do pedido que obteve aprovação imediata do gerente da obra.

Algum tempo depois, fui insistentemente convidado para a inauguração da reforma da Loja sanfelixta. Mal sabia que seria homenageado por haver contribuído de alguma forma.

Para a Loja Maçônica Caridade e Segredo da Cachoeira, onde se concentra o maior número de amigos desde os tempos de Banco da Bahia, fiz remessa de um quadro de Tiradentes que eu pintei e durante a passagem do cinquentenário, eu estava Secretário e Chefe de Gabinete na primeira gestão de Ariston Mascarenhas.

Elaborei o Projeto de Lei que o prefeito assinou e encaminhei ao Legislativo, para discussão e aprovação, colocando num logradouro no centro o nome de Rua dos Maçons.

Falei com Ari para fazermos uma placa comemorativa e a liberação de uma ajuda pecuniária para fazer face aos gastos da recepção do dia festivo. O Prefeito aprovou.

Alguns dias depois de haver sido comunicado por mim das providências que o Executivo havia tomado, Egberto Melo fez-me uma queixa de que havia estado umas quatro vezes na Prefeitura e que na tesouraria sempre engrenavam a mesma desculpa: “ A Contabilidade não liberou! “

Pedi ao seu Egberto um tempo, que eu iria verificar e tomar providência Dirigi-me à Prefeitura e logo encaminhei-me para a Tesouraria. Na Contabilidade fui informado de que “não existia dotação orçamentária”. Esperei a chegada de Ari, na ocasião muito temeroso quanto a prestação de contas da sua gestão. Falei então pra ele que o que estava havendo era má vontade, era não sei o quê, porque a LDO previa uma verba intitulada de “verba do gabinete”, exatamente por ser impossível prever-se tudo num orçamento governamental. O “problema” foi sanado. Trago a público agora o ocorrido, apenas para ilustrar esta crônica, não estou querendo dividendos politicos, que joguem confetes em mim , mesmo porque já se passaram tantos anos!

Sem qualquer conhecimento para meter o meu bedelho no assunto Maçonaria, posso apenas afirmar da minha curiosidade acerca de Hiram Abiff, cuja lenda remonta aos primórdios da construção do Grande Templo, a régua o esquadro e o maço, os Cavaleiros Templários, a participação efetiva em vários momentos decisivos da história pátria,coisas que me apaixonam, assim como o fato de ter conhecimento, nos tempos de bancário, de várias famílias que eram ajudadas, sem saberem por quem. Era a Caridade e Segredo.

O bode, se é que existe mesmo, ou é algo que talvez possa fazer parte da Iniciação, apenas simbolicamente, ou faz parte do imaginário popular.

O artigo do meu fraterno amigo Pedrinho, teve repercussão nacional e internacional, mas, eu tenho a absoluta a certeza, a sua intenção não foi a de causar qualquer clima de hostilidade. Confira:

Google Maçonaria Loja Maçônica. O Maçom:: O Segredo e o Bode da Maçonaria.

E assim, amigos, A Maçonaria, foi, é, e será sempre um assunto muito polêmico.

Um comentário:

  1. Erivaldo Brito Filho29 julho, 2011

    Excelente texto pai, parabéns!!!
    Se Deus permitir, serei 1% do homem que você é!!! Tenho muito orgulho de ser seu filho e herdeiro!!!
    Caríssimo professor Pedro Borges, parabéns pelo blog. Altíssimo nivel de tópicos!! Grande abraço
    Erivaldo Brito Filho

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