sábado, 4 de junho de 2011

RIO DE JANEIRO/RJ

PM invade quartel ocupado por bombeiros

Aproximadamente 2 mil manifestantes ocupavam o complexo desde a noite desta sexta-feira

Foto: André Teixeira/Agência O Globo

Bombeiros ocupam pátio da unidade

O Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu na manhã deste sábado o quartel general dos Bombeiros do Rio de Janeiro.

Os policiais entraram pela parte de trás do quartel e atiraram bombas de efeito moral na direção de bombeiros e parentes que estavam no pátio do complexo. Segundo um manifestantes , foram ouvidos disparos, mas não é possível dizer se as balas eram letais.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que os manifestantes que invadiram o quartel em Visconde de Rio Branco serão presos. Até o momento não existe informação sobre feridos.

A Invasão

A invasão de cerca de 2 mil bombeiros ao Quartel Central da Corporação, localizado na Praça da República, região central do Rio de Janeiro. Os bombeiros reivindicam um aumento do salário líquido de R$ 950 para R$ 2 mil e melhores condições de trabalhos.

Apesar da ordem do governo para prender todos os que “invadiram o bem público” – no momento o Comandante do Batalhão de Choque, Waldir Soares foi espremido no portão e quebrou a mão–, integrantes da manifestação disseram à reportagem do iG que a categoria não deixará o pátio enquanto não houver negociação com o governador Sérgio Cabral e o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes. Membros de outros quartéis também estariam paralisando suas atividades nas próximas horas.

Logo à frente do prédio estão posicionados mais de 100 policiais militares e um blindado conhecido como “caveirão”, acompanham os amotinados que ao lado de mulheres e filhos, cantam o hino da corporação.


Foto: André Teixeira/Agência O Globo Ampliar

Os manifestantes forçaram o portão principal do quartel para entrar

O comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte disse que a situação deve ser resolvida nas próximas horas e que não deve ser necessária uma ação da polícia. "Quando cheguei tinha 1.400 bombeiros no quartel, agora são 500", disse o comandante.

O comandante disse ainda que vai avaliar a necessidade de prisão dos manifestantes, mas não descarta a possibilidade já que houve uma quebra

Mais cedo, a assessoria de imprensa do governador Sérgio Cabral informou que ele não se manifestaria sobre o caso. A Secretaria de Segurança Pública ainda não decidiu qual providência irá tomar.

O episódio desta sexta-feira retoma os protestos do início do último mês, quando a categoria já havia realizado uma série de manifestações nas ruas do centro. À época, dezenas de bombeiros permaneceram acampados por vários dias em frente à sede da Assembleia Legislativa do Rio.

A informação de deputados de que o governo aceitaria negociar com a categoria encerraria por ora a questão.

* Com reportagem de Mário Hugo Monken, iG Rio de Janeiro

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