Strauss-Kahn alega inocência perante juiz em Nova York
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Khan se declarou inocente das acusações de estupro e assédio sexual durante uma audiência realizada nesta segunda-feira em um tribunal de Nova York.
O francês Strauss-Kahn, 62 anos, foi detido em Nova York em 14 de maio, acusado de atacar sexualmente um camareira de hotel. Ele renunciou a seu cargo no FMI e pagou fiança de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,6 milhão) para sair da prisão.
A próxima audiência de Strauss-Kahn está marcada para 18 de julho. Se for considerado culpado, ele pode pegar até 25 anos de prisão.
O ex-diretor-gerente do FMI chegou ao tribunal juntamente com sua mulher, a jornalista de TV francesa Anne Sinclair. Um grupo de funcionários de hotel gritavam "vergonha", em sinal de solidariedade com a camareira que o acusou.
Ao se declarar inocente diante do juiz Michael Obus, teve início um processo judicial que promete ser demorado. O julgamento em si está previsto para começar no próximo outono no hemisfério norte, que começa em setembro.
Strauss-Kahn sofreu sete acusações formais pela polícia, incluindo tentativa de estupro, assédio sexual e abuso sexual.
A promotoria acredita que exames de DNA irão provar as acusações da camareira contra Strauss-Kahn. Já o advogado do francês, Benjamin Brafman, insiste que provas não serão "condizentes com as de um encontro forçado".
Espera-se que a defesa admita um encontro sexual entre Strauss-Kahn e a camareira, mas alegando que este foi consensual. Brafman já foi advogado de diversos clientes famosos, como o cantor Michael Jackson, morto em 2009.
Prisão
O ex-diretor do FMI chegou a ficar detido por quatro dias na prisão de Rikers Island, em Nova York, antes de pagar fiança.
Desde então, ele está em prisão domiciliar e sob vigilância armada em uma casa luxuosa, depois de ficar alguns dias em um apartamento na região central de Manhattan.
A prisão de Strauss-Kahn foi manchete em todo o mundo e mexeu com o cenário político na França. Ele era tido como favorito para as eleições presidenciais francesas em 2012 como candidato do Partido Socialista, de oposição ao atual presidente, Nicolas Sarkozy.
Muitos na França acreditam que o ex-diretor do FMI foi tratado de maneira errada no caso, mas o incidente reacendeu o debate a respeito do assédio sexual.
O Fundo ainda não elegeu um substituto para Strauss-Kahn.
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