segunda-feira, 23 de maio de 2011

O FIM DO MUNDO PROFETIZADO

Benjamin de Aguiar, em diálogo
com o Espírito Eugênia.

(Benjamin de Aguiar) – Prezado Dr. Temístocles (2), o que o Senhor teria a dizer sobre o evento infeliz ocorrido com o pregador fundamentalista norte-americano, Harold Camping, que profetizou o fim do mundo para o dia 21 de maio próximo passado, às 6h, horário de Brasília? Ele já havia feito previsão similar, para 1994, é pastor de gigante rebanho, com um programa de rádio, em rede nacional, nos EUA. Fiquei triste, sobremaneira pela zombaria que inexoravelmente ocorrências como esta geram contra a religião, a Espiritualidade, de um modo geral, e a própria existência de Deus, o que nada tem a ver com o deslize de personalidade e/ou de caráter do pregador protestante.

(Espírito Eugênia) – Desculpe, meu filho, mas serei eu mesma a responder a esta pergunta. O Apocalipse que o infortunado médium desajustado “profetizou” duas vezes, por duas vezes estava em movimento de ocorrência. O fixar a data é que corre por conta das fantasias psicológicas da própria infeliz criatura; mas o fim da era dos fundamentalismos de todas as ordens, inclusive os de natureza pretensamente racional ou científica, está em processo de elaboração relativamente rápido. Num mundo de pessoas esclarecidas, instruídas e com senso de visão universal, que une as abordagens psicológica, jornalística, artística (sempre vanguardista e muito influente), política, social e de ciências de exatas, como a física e a matemática – tudo isso dentro de uma perspectiva histórica –, não é possível mais facear a mentira: qualquer escola de pensamento fulcrada no preconceito, na separatividade entre seres humanos, todos, por natureza, de igual valor perante a Lei e diante de Deus. O ridículo a que se reduzem os homofóbicos, por exemplo, que ousam protestar, no país, contra a igualação de direitos civis entre héteros e homoafetivos, e o horror universal que se arroja, no plano internacional, contra o terrorismo, conferem a dimensão adequada do que pretendemos dizer. Numa era em que uma mulher chega à Presidência de uma nação de vulto, no concerto dos povos, como a brasileira, e em que um negro é o homem mais poderoso do mundo, ocupando o cargo máximo da Casa Branca, divisamos, nitidamente, nos horizontes da humanidade, o raiar de uma Nova Era de verdadeira fraternidade entre as criaturas humanas, primeiramente estabelecida em leis e costumes, depois migrada para os corações na Terra inteira.

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