Strauss-Kahn receberá indenização de
R$ 403 mil e pensão vitalícia do FMI
Pensão pode chegar a até R$ 513 mil e não será suspensa
se ele for considerado culpado
Pensão de Strauss-Kahn pode chegar a até R$ 565 mil,
mas FMI diz
que valores estão sendo "superestimados"
Dominique Strauss-Kahn foi preso no último sábado, acusado de tentar estuprar uma camareira do hotel onde estava hospedado em Nova York. Ele deve ser liberado nesta sexta após o pagamento de uma fiança milionária. Será a primeira vez que o francês, acusado de agressão sexual, se encontrará com sua família desde que foi detido.
Alguns veículos de comunicação diziam que a indenização poderia chegar a R$ 565 mil (cerca de US$ 350 mil), informação desmentida pelo FMI. Os números que a imprensa forneceu sobre a pensão anual e outros bônus “foram superestimados”, disse o organismo em comunicado.
- A pensão anual que [Strauss-Kahn] receberá nos próximos anos será muito, muito inferior a esse número.
Segundo a rede de TV americana ABC News, pelo salário, a pensão que ele receberia seria de até R$ 407 mil (ou em torno dos US$ 252 mil). Entretanto, de acordo com a rede de notícias CNBC, nestes três anos seu salário aumentou pela inflação, e por isso esse valor poderia chegar a R$ 513 mil ao ano (o equivalente a US$ 318 mil anuais).
Processo em curso
A pensão não será suspensa mesmo se Strauss-Kahn for considerado culpado. Ele recebeu na quinta-feira (19) a liberdade sob fiança de R$ 1,6 milhão (ou US$ 1 milhão) e ficará em prisão domiciliar até seu julgamento.
Na quarta-feira (18), o FMI emitiu um comunicado de Strauss-Kahn no qual anunciava sua renúncia e negava “com a mais absoluta firmeza” todas as acusações feitas contra ele.
Segundo o comunicado, ele abandonava o cargo “com uma infinita tristeza” e pensando, em primeiro lugar, em sua mulher, seus filhos, outros parentes e amigos. Strauss-Kahn acrescentou que tomava esta decisão por querer proteger o FMI, “ao qual serviu com honra e devoção”, e “especialmente”, por querer dedicar toda sua força, seu tempo e sua energia “a provar sua inocência”.
Executivo saiu do banho e atacou a camareira
Os investigadores dizem ter provas físicas - incluindo um exame médico efetuado imediatamente após a denúncia - que comprovariam a tentativa de estupro.
De acordo com seu depoimento, a camareira teria entrado no quarto do hotel acreditando que ele estava vazio, mas Strauss-Kahn estava no banheiro tomando banho. Ao sair, ele "a cercou por trás e a tocou de maneira inconveniente" e "a obrigou a cometer um ato sexual", alegam.
Strauss-Kahn deixou o hotel rapidamente, mas acabou sendo detido a bordo de um avião quando tentava voltar à França. Strauss-Kahn, de 72 anos, nega todas as acusações e será julgado em 6 de junho. Ele nega todas as acusações.
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