Sob ataque, Gaddafi convoca marcha rumo a reduto dos rebeldes no leste
A resolução foi aprovada nessa quinta-feira pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas
Das agências de notícias
O ditador líbio, Muammar Gaddafi, convocou nesta segunda-feira o povo líbio a realizar uma "marcha popular estratégica" em direção à cidade de Benghazi, reduto dos rebeldes de oposição no leste da Líbia, para impedir "a agressão estrangeira".
A Líbia é alvo há três dias da operação Aurora do Amanhecer, uma ampla ofensiva militar das forças ocidentais contra as forças de Gaddafi. A operação visa a impedir os ataques do ditador aos civis e rebeldes líbios, que pedem sua renúncia, e impor a zona de restrição aérea --medidas aprovadas na quinta-feira (17) pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo a agência oficial líbia Jana, Gaddafi pediu ainda que os líbios levem ramos de oliveira nas mãos, para "lidar com os problemas de forma pacífica e não dar oportunidade aos inimigos que atacam a Líbia e buscam roubar suas riquezas".
O ditador quer reagrupar dezenas de tribos líbias de todas as regiões. A agência Jana disse que mesmo tribos de Benghazi participariam da marcha.
Apesar dos bombardeios ocidentais, Gaddafi mantém a ofensiva contra os rebeldes no leste do país, principalmente em Misrata, terceira maior cidade líbia. Segundo os opositores, as forças leais ao ditador chegaram a trazer civis de cidades vizinhas para usá-los como escudos humanos.
GUERRA
As explosões marcaram a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira em Trípoli, onde um edifício do complexo residencial de Gaddafi foi destruído por um míssil da coalizão ocidental. O céu da capital foi tomado por aviões da coalizão procedentes de bases na Itália e pelos disparos da defesas antiaérea líbia.
O prédio, situado a cerca de 50 metros da tenda onde Gaddafi recebe geralmente seus convidados importantes, foi totalmente destruído. A coalizão alega que o prédio era de uso militar e continha armas. Já o governo líbio disse se tratar de um prédio administrativo.
"Foi um bombardeio bárbaro, que poderia ter atingido centenas de civis congregados na residência de Muammar Gaddafi, a cerca de 400 metros do prédio atingido", declarou o porta-voz do regime, Musa Ibrahim, aos jornalistas estrangeiros, denunciando as "contradições do discurso ocidental".
"Os países ocidentais dizem querer proteger os civis, mas atacam uma residência onde sabem que há civis no interior", criticou.
A troca de fogo ocorreu mesmo com a declaração de um novo cessar-fogo pelo regime líbio, na tarde deste domingo.
A trégua foi recebida com desconfiança pela comunidade internacional e o conselheiro do presidente americano para a Segurança Nacional, Tom Donilon, afirmou que o anúncio era "uma mentira" e que havia sido "imediatamente violado" pelas forças de Gaddafi.
ALVO
No Pentágono, o vice-almirante Bill Gortney negou contudo que o objetivo dos ataques da coalizão seja o ditador Gaddafi. "Posso garantir que (Gaddafi) não figura na lista dos nossos alvos. Não visamos sua residência", declarou o almirante.
Até agora o Pentágono não registrou nenhuma perda de aeronaves nos ataques da coalizão contra as tropas terrestres da Líbia nem mortes de civis, afirmou Gortney.
O vice-almirante afirmou ainda que a coalizão, inicialmente formada por EUA, Reino Unido, França, Itália e Canadá, foi ampliada para incluir Bélgica e Qatar.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, assinalou que seria "insensato" matar Gaddafi na operação militar da coalizão para deter o regime em Trípoli.
"Acredito na importância de operarmos com base na resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Se começarmos a acrescentar objetivos, acredito que vamos gerar outro problema neste sentido. Não é sensato estabelecer metas que talvez não possamos atingir".
A Líbia é alvo há três dias da operação Aurora do Amanhecer, uma ampla ofensiva militar das forças ocidentais contra as forças de Gaddafi. A operação visa a impedir os ataques do ditador aos civis e rebeldes líbios, que pedem sua renúncia, e impor a zona de restrição aérea --medidas aprovadas na quinta-feira (17) pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo a agência oficial líbia Jana, Gaddafi pediu ainda que os líbios levem ramos de oliveira nas mãos, para "lidar com os problemas de forma pacífica e não dar oportunidade aos inimigos que atacam a Líbia e buscam roubar suas riquezas".
O ditador quer reagrupar dezenas de tribos líbias de todas as regiões. A agência Jana disse que mesmo tribos de Benghazi participariam da marcha.
Apesar dos bombardeios ocidentais, Gaddafi mantém a ofensiva contra os rebeldes no leste do país, principalmente em Misrata, terceira maior cidade líbia. Segundo os opositores, as forças leais ao ditador chegaram a trazer civis de cidades vizinhas para usá-los como escudos humanos.
GUERRA
As explosões marcaram a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira em Trípoli, onde um edifício do complexo residencial de Gaddafi foi destruído por um míssil da coalizão ocidental. O céu da capital foi tomado por aviões da coalizão procedentes de bases na Itália e pelos disparos da defesas antiaérea líbia.
O prédio, situado a cerca de 50 metros da tenda onde Gaddafi recebe geralmente seus convidados importantes, foi totalmente destruído. A coalizão alega que o prédio era de uso militar e continha armas. Já o governo líbio disse se tratar de um prédio administrativo.
"Foi um bombardeio bárbaro, que poderia ter atingido centenas de civis congregados na residência de Muammar Gaddafi, a cerca de 400 metros do prédio atingido", declarou o porta-voz do regime, Musa Ibrahim, aos jornalistas estrangeiros, denunciando as "contradições do discurso ocidental".
"Os países ocidentais dizem querer proteger os civis, mas atacam uma residência onde sabem que há civis no interior", criticou.
A troca de fogo ocorreu mesmo com a declaração de um novo cessar-fogo pelo regime líbio, na tarde deste domingo.
A trégua foi recebida com desconfiança pela comunidade internacional e o conselheiro do presidente americano para a Segurança Nacional, Tom Donilon, afirmou que o anúncio era "uma mentira" e que havia sido "imediatamente violado" pelas forças de Gaddafi.
ALVO
No Pentágono, o vice-almirante Bill Gortney negou contudo que o objetivo dos ataques da coalizão seja o ditador Gaddafi. "Posso garantir que (Gaddafi) não figura na lista dos nossos alvos. Não visamos sua residência", declarou o almirante.
Até agora o Pentágono não registrou nenhuma perda de aeronaves nos ataques da coalizão contra as tropas terrestres da Líbia nem mortes de civis, afirmou Gortney.
O vice-almirante afirmou ainda que a coalizão, inicialmente formada por EUA, Reino Unido, França, Itália e Canadá, foi ampliada para incluir Bélgica e Qatar.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, assinalou que seria "insensato" matar Gaddafi na operação militar da coalizão para deter o regime em Trípoli.
"Acredito na importância de operarmos com base na resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Se começarmos a acrescentar objetivos, acredito que vamos gerar outro problema neste sentido. Não é sensato estabelecer metas que talvez não possamos atingir".
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