sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O 4o. CAVALEIRO DO APOCALIPSE ORDENA CONFLITOS EM PAÍSES ÁRABES

O confronto com as forças do ditador Muammar Kadafi
Imagens da revolta
Comitês revolucionários líbios ameaçam opositores com resposta "fulminante"

Trípoli, 18 fev (EFE).- Os comitês revolucionários líbios ameaçaram nesta sexta-feira os "grupinhos" que se manifestam contra o regime do país com uma "resposta violenta e fulminante" e advertiram que quem "ultrapassar" certos limites estará cometendo "suicídio".
Os comitês revolucionários, que representam a espinha dorsal do poder líbio, afirmaram na edição digital de seu jornal "Azahf Al-Akhdar" que "a resposta do povo e das forças revolucionárias a toda aventura por parte desses grupinhos será violenta e fulminante".
Segundo os comitês revolucionários, graças a Muammar Kadafi e à "revolução de 1969", ano no qual o líder líbio chegou ao poder após um golpe de Estado, "aconteceram realizações gigantescas no país".
"Ele é o único líder no mundo que recusou se transformar em presidente, rei ou imperador e deixou o poder total ao povo", afirmaram.
Além disso, os comitês acusaram a rede de televisão "Al Jazeera" e os veículos de comunicação "vendidos" de "irem contracorrente".
As autoridades líbias criticaram em várias ocasiões a "Al Jazeera" e outros canais árabes de televisão por satélite por divulgarem continuamente informações sobre as revoltas nos países da região, às quais tacham de "instrumento do imperialismo".
Trípoli, 18 fev (EFE).- Pelo menos 14 pessoas morreram durante os protestos da quinta-feira na cidade líbia de Benghazi, onde as Forças de segurança empregaram fogo real contra os manifestantes, afirmou nesta sexta-feira a edição digital do jornal "Quryna", cujo dono é Saif al-Islam, um dos filhos do líder líbio, Muammar Kadafi.
Trata-se do primeiro reconhecimento por parte da imprensa próxima ao regime líbio da utilização de armas de fogo pelas Forças de segurança durante a contenção dos protestos.
"Quryna" informou também que milhares de pessoas assistiram nesta sexta-feira ao enterro de 13 dos 14 manifestantes mortos nos distúrbios da quinta-feira, acompanhando a pé os corpos.
Segundo a mesma fonte, as Forças policiais "tiveram que utilizar munição real para dispersar os manifestantes", cujos protestos foram "marcados pela violência e a brutalidade".
Várias delegacias de Polícia foram incendiadas em Benghazi, a segunda maior cidade do país, assim como pelo menos sete veículos policiais, indicou a edição digital do jornal.
Os participantes dos protestos queimaram também uma sede local dos comitês revolucionários e queimaram pneus em vários pontos da cidade.
As Forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo, além de fogo real, para dissolver os protestos, que continuaram nesta quinta-feira em Benghazi, situada a cerca de mil quilômetros ao leste de Trípoli.
Uma manifestação foi dissolvida nesta sexta-feira no centro da cidade, onde foram registrados incêndios em um banco, no gabinete do procurador-geral regional e em outros organismos oficiais e de segurança.
"Quryna" indicou, além disso, que mais de mil presos escaparam nesta sexta-feira da prisão de Al Kuifiya, próxima de Benghazi, depois que se produzisse um motim no centro penitenciário.
Do grupo que fugiu, 150 deles já foram detidos, segundo o jornal, cuja redação central fica em Benghazi.
Os protestos contra o regime registrados na Líbia desde terça-feira passada causaram pelo menos 24 mortos e dezenas de feridos, segundo assegurou nesta sexta-feira a organização Human Rights Watch (HRW).

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