terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

BRASÍLIA/DF

Começa eleição para a presidência da Câmara

Começou a eleição para a escolha do próximo presidente da Câmara dos Deputados. Com a sessão aberta pouco depois das 18h, os quatro candidatos à presidência da Câmara dos Deputados realizaram os seus pronunciamentos em busca de votos dos parlamentares. Disputam o cargo os deputados Marco Maia (PT-RS), Chico Alencar (Psol-RJ), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Sandro Mabel (PR-GO).

Marco Maia discursa para o plenário. (Foto: Laycer Tomaz)
Marco Maia discursa para o plenário. (Foto: Laycer Tomaz)

Terceiro candidato a se pronunciar, Marco Maia defendeu o respeito ao princípio da proporcionalidade, segundo o qual os cargos da Mesa Diretora são divididos de acordo com os tamanhos das bancadas. “A proporcionalidade é fundamental para a valorização do Parlamento e da democracia brasileira”, disse.

Ele se emocionou ao lembrar que conseguiu o apoio de 21 partidos, sendo que a Casa tem 22 legendas. Apenas o Psol não integrou o grupo. “Esses partidos representam nossa democracia e a força desta Nação. Todos juntos vamos construir uma gestão de diálogo, de transparência e consenso pelo Brasil”, afirmou.

Ele ressaltou que lutará para que as emendas parlamentares continuem sendo um instrumento que permita que as comunidades carentes recebam recursos para melhorar a vida do povo. Maia disse ainda que a Casa precisa valorizar uma agenda positiva e apontou a reforma tributária como um instrumento para garantia de mais recursos para estados e municípios.

Maia saudou o povo por ter concedido aos deputados o direito de representá-los. "O povo brasileiro é o motivo de todos estarmos aqui", disse.

Destacou que não há uma democracia forte sem um Parlamento forte. Ele recordou que em 1987, aos 20 anos de idade, visitou o Congresso e pediu a um fotógrafo que tirasse uma foto dele como se estivesse discursando. "Naquele momento eu nem imaginava que um dia seria um parlamentar", contou.

O candidato Sandro Mabel (PR-GO) disse que está disposto a ser expulso do seu partido para manter sua candidatura. “O meu partido tem sido pressionado pelo Executivo para me expulsar. Eu estou disposto a aguentar isso e ir até o fim, em favor da independência e de uma candidatura livre”, afirmou.

Mabel destacou o que considera prioritário para a Câmara nos próximos anos: a aprovação do Orçamento público impositivo, a construção de um novo anexo na Câmara para acomodação de gabinetes dos parlamentares e a instituição de uma Procuradoria Parlamentar para defesa dos parlamentares.

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que seu objetivo principal é a independência do Congresso Nacional. Ele assinalou que não tem nada a oferecer, ministérios, cargos ou estatais, apenas a independência do Congresso. Bolsonaro espera pelo menos seis votos, “o que seria um sucesso”.

Bolsonaro acusou o governo de liberar o fluxo de emendas parlamentares em troca de votos dos deputados e disse que, se essa prática continuar, o Parlamento vai continuar sem credibilidade junto à opinião pública.

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) propôs a reconstrução da "ponte entre a sociedade e o Parlamento" em contraposição ao trato das questões internas da Casa.

Segundo ele, a solenidade de posse revelou uma emoção muito grande porque tem um significado especial para cada um. "Por isso, a exemplo do Senado, é bom que tivéssemos uma atenção especial a cada deputado que trouxer aqui as reivindicações de seus representados", afirmou.

Para ele, seria bom que nessa Legislatura a Câmara tivesse a presença da grande maioria dos deputados, votando com consciência. "Os partidos vivem uma crise de representação. Muitas vezes vivemos uma democracia do capital. Defendemos causas no discurso mas não executamos de fato", disse.

Fonte: com Agência Câmara

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