Quando menos esperamos, a vida coloca diante de nós um desafio para testar nossa coragem e nossa vontade de mudança: nesse momento, não adianta fingir que ainda não estamos prontos.
O desafio não espera. A vida não olha para trás. Uma semana é tempo mais que suficiente para sabermos decidir se aceitamos ou não o nosso destino.
A vida é como uma grande corrida de bicicleta – cuja meta é cumprir a Lenda Pessoal.
Na largada, estamos juntos – compartindo camaradagem e entusiasmo.
Mas, à medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas quanto à própria capacidade.
Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio – ainda estão correndo, mas apenas por que não podem parar no meio de uma estrada; eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si, e cumprem uma obrigação.
Terminamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta.
Perguntamo-nos finalmente se vale a pena tanto esforço.
Sim, vale. É só não desistir.
“A primeira qualidade do caminho espiritual é a coragem”, dizia Gandhi.
E, segundo o monge tibetano Chögyam Trungpa, a primeira qualidade do homem valente é lutar por aquilo que possa ser útil a toda a humanidade.
O mundo sempre parece ameaçador e perigoso para os covardes. Estes procuram a segurança mentirosa de uma vida sem grandes desafios, e se armam até os dentes para defender aquilo que julgam possuir. Os covardes são vítimas do próprio egoísmo, e terminam construindo as grades da própria prisão.
Mas os homens e mulheres valentes projetam seu pensamento muito além das paredes do quarto. Sabem que, se não fizerem nada pelo mundo, ninguém mais o fará.
Então tomam parte do Bom Combate da vida, mesmo sem entender direito porquê.
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