Há uma "boa chance" de que a vida de Sakineh Mohammadi-Ashtiani seja poupada, disse um alto funcionário do Irã nesta segunda-feira (22). Sakineh foi condenada à morte por apedrejamento por adultério, mas autoridades disseram anteriormente que o caso está sendo revisto.
"Nosso Judiciário fez vários esforços (para revisar o caso) e nós pensamos que há uma boa chance de que a vida dela possa ser salva", disse Mohammed Javad Larijani, chefe do Conselho de Direitos Humanos do Irã, à Press TV, uma emissora iraniana em língua inglesa.
Falando em inglês, Larijani não deu detalhes sobre a revisão judicial do caso de Sakineh, nem explicou qual era a base para seu otimismo no fato de que a vida dela pode ser poupada. O conselho liderado por Larijani é subordinado ao Judiciário.
A sentença contra Sakineh causou condenação internacional e gerou intervenções diplomáticas de vários governos ocidentais, bem como do Vaticano. Em julho, Teerã informou que a sentença à morte por apedrejamento havia sido suspensa, à espera de uma revisão total do caso.
Sakineh é uma mãe de dois filhos de 43 anos. Inicialmente, ela foi condenada duas vezes à morte, por dois tribunais da cidade de Tabriz, noroeste do Irã, em julgamentos de 2006. Uma sentença de morte por enforcamento, pelo suposto envolvimento dela na morte de seu marido, foi comutada para 10 anos de prisão por um tribunal de apelações em 2007. Mas a segunda pena de morte, que previa o apedrejamento por adultério, foi mantida por outro tribunal de apelações, também em 2007.
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