Bola nega crime e diz que delegado pediu R$ 2 mi
para tirar Bruno do inquérito
Acusado de ser o executor de Eliza Samudio, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, alegou sexta-feira, 12, inocência no desaparecimento e possível morte da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Em depoimento à juíza Marixa Rodrigues, no Tribunal do Júri de Contagem (MG), Bola fez várias acusações contra o delegado Edson Moreira, que chefiou o inquérito policial. A audiência de instrução foi encerrada com o depoimento do ex-policial e de Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, que pediu 'perdão' e admitiu que mentiu no depoimento prestado à Polícia Civil, quando disse que nunca tinha visto Eliza Samudio.
Respondendo somente a seu advogado, Luiz Alberto de Oliveira, Bola negou as acusações e, como álibi, alegou que compareceu fisicamente e assistiu a uma aula de um curso superior à distância que fazia numa faculdade na região da Pampulha, em Belo Horizonte, na noite do dia 10 de junho - data em que, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, Eliza foi morta por asfixia pelo ex-policial.
No primeiro depoimento que prestou à polícia, o menor J., primo de Bruno, disse que Bola, após matar Eliza, esquartejou seu corpo e jogou partes para cães da raça rotweiller. O ex-policial afirmou que seus cachorros não foram treinados para atacar e que os animais não 'comiam carnes cruas'. Bola justificou os contatos telefônicos com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pois queria que ele ajudasse o filho a se tornar jogador de futebol.
'Anjo mau'. O ex-policial se recusou a responder às perguntas da juíza Marixa Rodrigues, do promotor Gustavo Fantini e dos assistentes da acusação. Aceitou apenas responder aos questionamentos do seu advogado.
No depoimento, alegou que foi 'torturado psicologicamente' por Moreira. Disse que mantém uma rixa com o delegado desde o início dos anos 1980, quando era aluno da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais (Acadepol).
'Ele é meu inimigo. Ele é o anjo mau, o que impõe terror. A toda hora ele me ameaçava, dizendo que queria pelo menos a perna da moça (Eliza), pois era a carreira dele que estava em jogo', disse Bola, que chorou ao falar das supostas ameaças. 'Ele me ameaçou de morte e aos meus familiares.'
Bola também disse que Moreira pediu que intermediasse uma tentativa de extorsão contra Bruno para que o goleiro e ele fossem retirados do inquérito. A mesma acusação foi feita por Bruno em seu depoimento na quinta-feira. Segundo o ex-policial, o delegado teria solicitado que ele pedisse 'ao patrão' R$ 2 milhões. Moreira não quis comentar as acusações.
'O filho era a razão da vida dela'. À juíza, Fernanda Castro alegou que mentiu sobre Eliza porque passava por um momento de 'desespero' e queria provar sua inocência. A ex-namorada de Bruno disse que conheceu a jovem quando ela foi levada por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para a casa do goleiro no Rio de Janeiro, no início de junho - antes da viagem para Minas.
Fernanda afirmou que na manhã de sábado, no dia 05, em conversa com Macarrão, Eliza disse que 'queria mudar de vida' e parar de fazer filmes pornográficos, pois havia se tornado mãe e 'o filho era a razão da vida dela'.
A ex-namorada de Bruno assegurou que não viu nenhum ferimento na cabeça de Eliza e nem hematomas no corpo da jovem. Mas disse que a ex-amante do goleiro contou para ela que, no trajeto até a residência, tinha sido agredida pelo menor J. - primo de Bruno - com um soco no rosto após dizer que o goleiro era um 'canalha' por não reconhecer a paternidade de seu filho.
Segundo Fernanda, Eliza disse que se relacionou com Bruno durante cerca de três meses e reclamou que Macarrão - que intermediava a relação dela com o atleta - sempre prometia que o goleiro iria fazer o exame de DNA, mas ficava 'enrolando'.
A ré disse que desconhecia qualquer acordo financeiro entre Bruno e Eliza. Mas afirmou que a jovem contou que o goleiro havia proposto a ela que fosse morar com o filho em Belo Horizonte, onde ficaria perto de seus familiares. Elisa disse que passaria a semana na capital mineira para procurar um apartamento. Porém, questionada pelo promotor Gustavo Fantini, a depoente contou que Bruno nunca comentou com ela essa proposta. Para a ex-namorada de Bruno, Eliza não parecia estar com medo, e aparentava felicidade pela promessa do apartamento.
Sequestro. Na viagem do Rio para a região metropolitana da capital, Fernanda disse que Bruno chegou a dar carona para um policial, mas não soube dar detalhes. O goleiro e ela, disse a ex-namorada, viajaram em uma BMW que Bruno pegou emprestada; Macarrão, J., Eliza e o bebê seguiram na Range Rover do goleiro. A polícia tratou a viagem como sequestro.
Quando Bruno e Macarrão retornaram ao Rio, Fernanda disse que perguntou ao braço-direito goleiro se ele tinha conseguido arranjar o apartamento e ele disse que não, afirmando que Eliza havia 'deixado o neném no sítio e teria ido a São Paulo buscar umas roupas e que voltaria'. Segundo ela, Macarrão afirmou que Bruno tinha dado R$ 30 mil para Eliza - mesma versão dada pelo goleiro em depoimento na quinta-feira. 'Achei estranho porque ela não tinha levado o neném, mas o Macarrão disse que ela voltaria logo'.
Fernanda também contou que Bruno disse a ela que estava com medo de ter caído em uma 'armação' de Eliza. 'De ela não voltar e depois arrumar problema para ele por ter deixado o bebê (no sítio).'
A juíza informou que irá abrir vistas dos autos para alegações finais do Ministério Público e da defesa dos acusados. Se forem pronunciados, os réus serão levados a júri popular.
Respondendo somente a seu advogado, Luiz Alberto de Oliveira, Bola negou as acusações e, como álibi, alegou que compareceu fisicamente e assistiu a uma aula de um curso superior à distância que fazia numa faculdade na região da Pampulha, em Belo Horizonte, na noite do dia 10 de junho - data em que, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, Eliza foi morta por asfixia pelo ex-policial.
No primeiro depoimento que prestou à polícia, o menor J., primo de Bruno, disse que Bola, após matar Eliza, esquartejou seu corpo e jogou partes para cães da raça rotweiller. O ex-policial afirmou que seus cachorros não foram treinados para atacar e que os animais não 'comiam carnes cruas'. Bola justificou os contatos telefônicos com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pois queria que ele ajudasse o filho a se tornar jogador de futebol.
'Anjo mau'. O ex-policial se recusou a responder às perguntas da juíza Marixa Rodrigues, do promotor Gustavo Fantini e dos assistentes da acusação. Aceitou apenas responder aos questionamentos do seu advogado.
No depoimento, alegou que foi 'torturado psicologicamente' por Moreira. Disse que mantém uma rixa com o delegado desde o início dos anos 1980, quando era aluno da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais (Acadepol).
'Ele é meu inimigo. Ele é o anjo mau, o que impõe terror. A toda hora ele me ameaçava, dizendo que queria pelo menos a perna da moça (Eliza), pois era a carreira dele que estava em jogo', disse Bola, que chorou ao falar das supostas ameaças. 'Ele me ameaçou de morte e aos meus familiares.'
Bola também disse que Moreira pediu que intermediasse uma tentativa de extorsão contra Bruno para que o goleiro e ele fossem retirados do inquérito. A mesma acusação foi feita por Bruno em seu depoimento na quinta-feira. Segundo o ex-policial, o delegado teria solicitado que ele pedisse 'ao patrão' R$ 2 milhões. Moreira não quis comentar as acusações.
'O filho era a razão da vida dela'. À juíza, Fernanda Castro alegou que mentiu sobre Eliza porque passava por um momento de 'desespero' e queria provar sua inocência. A ex-namorada de Bruno disse que conheceu a jovem quando ela foi levada por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para a casa do goleiro no Rio de Janeiro, no início de junho - antes da viagem para Minas.
Fernanda afirmou que na manhã de sábado, no dia 05, em conversa com Macarrão, Eliza disse que 'queria mudar de vida' e parar de fazer filmes pornográficos, pois havia se tornado mãe e 'o filho era a razão da vida dela'.
A ex-namorada de Bruno assegurou que não viu nenhum ferimento na cabeça de Eliza e nem hematomas no corpo da jovem. Mas disse que a ex-amante do goleiro contou para ela que, no trajeto até a residência, tinha sido agredida pelo menor J. - primo de Bruno - com um soco no rosto após dizer que o goleiro era um 'canalha' por não reconhecer a paternidade de seu filho.
Segundo Fernanda, Eliza disse que se relacionou com Bruno durante cerca de três meses e reclamou que Macarrão - que intermediava a relação dela com o atleta - sempre prometia que o goleiro iria fazer o exame de DNA, mas ficava 'enrolando'.
A ré disse que desconhecia qualquer acordo financeiro entre Bruno e Eliza. Mas afirmou que a jovem contou que o goleiro havia proposto a ela que fosse morar com o filho em Belo Horizonte, onde ficaria perto de seus familiares. Elisa disse que passaria a semana na capital mineira para procurar um apartamento. Porém, questionada pelo promotor Gustavo Fantini, a depoente contou que Bruno nunca comentou com ela essa proposta. Para a ex-namorada de Bruno, Eliza não parecia estar com medo, e aparentava felicidade pela promessa do apartamento.
Sequestro. Na viagem do Rio para a região metropolitana da capital, Fernanda disse que Bruno chegou a dar carona para um policial, mas não soube dar detalhes. O goleiro e ela, disse a ex-namorada, viajaram em uma BMW que Bruno pegou emprestada; Macarrão, J., Eliza e o bebê seguiram na Range Rover do goleiro. A polícia tratou a viagem como sequestro.
Quando Bruno e Macarrão retornaram ao Rio, Fernanda disse que perguntou ao braço-direito goleiro se ele tinha conseguido arranjar o apartamento e ele disse que não, afirmando que Eliza havia 'deixado o neném no sítio e teria ido a São Paulo buscar umas roupas e que voltaria'. Segundo ela, Macarrão afirmou que Bruno tinha dado R$ 30 mil para Eliza - mesma versão dada pelo goleiro em depoimento na quinta-feira. 'Achei estranho porque ela não tinha levado o neném, mas o Macarrão disse que ela voltaria logo'.
Fernanda também contou que Bruno disse a ela que estava com medo de ter caído em uma 'armação' de Eliza. 'De ela não voltar e depois arrumar problema para ele por ter deixado o bebê (no sítio).'
A juíza informou que irá abrir vistas dos autos para alegações finais do Ministério Público e da defesa dos acusados. Se forem pronunciados, os réus serão levados a júri popular.
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