Davi Lemos
Direto de Salvador
O primeiro comício de Jaques Wagner (PT), em Salvador, nesta quinta-feira (26), com a presença da presidenciável Dilma Rousseff (PT) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será a prova final da diferença de tratamento e da preferência do presidente pelo candidato de seu partido - no horário eleitoral gratuito, Lula declara seu apoio ao governador petista e aos nomes para o Senado da chapa, Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), "escanteando" o candidato ao governo Geddel Vieira Lima (PMDB) e o senador César Borges (PR), que concorre à reeleição.
Geddel já havia declarado que não disputaria com Wagner o "carinho" de Lula, e o senador César Borges (PR) está, de acordo com fonte ouvida pela reportagem do Terra , descontente com o apoio explícito do presidente aos candidatos Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT). Mata e Pinheiro compõem a majoritária de Wagner, que conta ainda com o ex-governador Otto Alencar (PP), desafeto declarado de Borges - e a falta de afeição é recíproca. Borges, entretanto, diz não estar irritado com a situação, ao contrário do que se afirma nos bastidores.
Borges e Geddel não esperavam apoio tão explícito de Lula aos candidatos da majoritária petista. Quanto ao apoio a Lídice e Pinheiro, Borges disse que vê o posicionamento de Lula com naturalidade, como declarou à coluna Tempo Presente, nesta quarta-feira (25), do jornal A Tarde . "Eu nunca achei que seria candidato tendo Lula como muleta. Eu confio no meu trabalho de senador e no que já servi à Bahia como deputado e governador. Tem gente que não tem estes predicados e talvez precise de muleta", alfinetou Borges, que, ainda assim, se manterá na base de Lula e Dilma.
O senador, através de sua assessoria de imprensa, confirmou as declarações dadas ao jornal, afirmando que não há constrangimento com a posição de Lula. O senador disse que ainda utilizará nos próximos programas eleitorais declarações de apoio do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) a sua candidatura.
Aleluia
As críticas vêm também de quem não é aliado nem no Estado, nem nacionalmente, como fez na manhã desta quarta-feira (25) o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), que concorre a uma vaga ao Senado na chapa de Paulo Souto.
"O governador Jaques Wagner precisa parar de se pendurar nas barbas de Lula e procurar trabalhar. Toda vez que as pesquisas internas do PT apontam queda na intenção de voto para Wagner, o amigo presidente é convocado para vir socorrê-lo", comentou o democrata. Ele entendeu ser "curioso" o fato de Lula vir à Bahia justamente nos períodos de apuração da pesquisa Datafolha.
Aleluia considerou ainda que a amizade com o presidente pode ter trazido votos para o governador petista, mas sem resultados práticos para o desenvolvimento do estado. "O que foi que isto trouxe para a Bahia? Os principais investimentos foram para Pernambuco, que arrebatou a liderança baiana no Nordeste nesta era Lula", disse. Pernambuco é governado por Eduardo Campos (PSB), também aliado do presidente.
Geddel já havia declarado que não disputaria com Wagner o "carinho" de Lula, e o senador César Borges (PR) está, de acordo com fonte ouvida pela reportagem do Terra , descontente com o apoio explícito do presidente aos candidatos Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT). Mata e Pinheiro compõem a majoritária de Wagner, que conta ainda com o ex-governador Otto Alencar (PP), desafeto declarado de Borges - e a falta de afeição é recíproca. Borges, entretanto, diz não estar irritado com a situação, ao contrário do que se afirma nos bastidores.
Borges e Geddel não esperavam apoio tão explícito de Lula aos candidatos da majoritária petista. Quanto ao apoio a Lídice e Pinheiro, Borges disse que vê o posicionamento de Lula com naturalidade, como declarou à coluna Tempo Presente, nesta quarta-feira (25), do jornal A Tarde . "Eu nunca achei que seria candidato tendo Lula como muleta. Eu confio no meu trabalho de senador e no que já servi à Bahia como deputado e governador. Tem gente que não tem estes predicados e talvez precise de muleta", alfinetou Borges, que, ainda assim, se manterá na base de Lula e Dilma.
O senador, através de sua assessoria de imprensa, confirmou as declarações dadas ao jornal, afirmando que não há constrangimento com a posição de Lula. O senador disse que ainda utilizará nos próximos programas eleitorais declarações de apoio do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) a sua candidatura.
Aleluia
As críticas vêm também de quem não é aliado nem no Estado, nem nacionalmente, como fez na manhã desta quarta-feira (25) o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), que concorre a uma vaga ao Senado na chapa de Paulo Souto.
"O governador Jaques Wagner precisa parar de se pendurar nas barbas de Lula e procurar trabalhar. Toda vez que as pesquisas internas do PT apontam queda na intenção de voto para Wagner, o amigo presidente é convocado para vir socorrê-lo", comentou o democrata. Ele entendeu ser "curioso" o fato de Lula vir à Bahia justamente nos períodos de apuração da pesquisa Datafolha.
Aleluia considerou ainda que a amizade com o presidente pode ter trazido votos para o governador petista, mas sem resultados práticos para o desenvolvimento do estado. "O que foi que isto trouxe para a Bahia? Os principais investimentos foram para Pernambuco, que arrebatou a liderança baiana no Nordeste nesta era Lula", disse. Pernambuco é governado por Eduardo Campos (PSB), também aliado do presidente.
Lula deveria respeitar os eleitores baianos! Tentar influênciar a campanha eleitoral na Bahia só demonstra que Jaques Wagner não está tão bem quanto dizem as pesquisas!
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