terça-feira, 3 de agosto de 2010


O patrimônio de 47 deputados estaduais baianos praticamente dobrou entre 2006 e 2010, período no qual exerceram o atual mandato. Esses parlamentares ficaram 84,8% mais ricos, aumentando sua declaração de bens de R$ 28,9 milhões para R$ 53,4 milhões. O valor é bem superior à inflação acumulada do período, de 22%.

Os dados são de levantamento feito pela reportagem de A TARDE por meio das declarações de bens entregues pelos parlamentares à Justiça Eleitoral. Dos 63 membros da Assembleia Legislativa, quatro foram excluídos do levantamento porque não são candidatos neste ano e, portanto, não declararam seus patrimônios ao Tribunal Regional Eleitoral. São Eliedson Ferreira (DEM), Emério Resedá (PDT), Fábio Santana (PRP) e Ivo de Assis (PR). Outros dez tiveram redução em seus patrimônios e dois não tiveram alteração.

Economia Fora os benefícios para exercer o mandato, o salário líquido de um integrante da Assembleia é cerca de R$ 9 mil. Caso não gastassem esse dinheiro com nada, os deputados poderiam economizar R$ 432 mil em quatro anos ocupando o cargo. Esse valor todo, aplicado na poupança durante o período, chegaria a cerca de R$ 550 mil. Na Bolsa de Valores, aplicação de risco com maiores possibilidades de rendimento, poderia atingir um valor em torno de R$ 1 milhão. Há, entretanto, casos de parlamentares que aumentaram em muito mais que isso seus patrimônios, de acordo com os dados declarados por eles próprios.

O único que alcançou um aumento acima da casa dos R$ 2 milhões foi o deputado Fernando Torres (DEM), natural de Feira de Santana. Em 2006, ele tinha R$ 521 mil em bens, mas neste ano já registraumvalordeR$ 2,6 milhões em seu patrimônio (R$ 2,1 milhões a mais).

Em termos percentuais, o crescimento é de 415%. No período, ele adquiriu apartamento em Alphaville (R$ 300 mil), dois veículos (um Citroen C4 de R$ 72 mil e um Polo sedã de R$ 34 mil), um terreno na Fazenda Marquise, em Feira de Santana (R$ 722 mil), e ainda registrou umtotal de R$ 422 mil de dinheiroem mãos.

Emprimeiro mandato na Assembleia, Torres já concorre neste ano a deputado federal. “Tenho postos de gasolina e fazendas de pecuária. Graças a Deus, ganhei um dinheiro com isso”, explicou.

Crescimento - Depois dele, quem mais enriqueceu foi Jurandy Oliveira (PRP), no quinto mandato de deputado estadual e candidato à reeleição. Seu patrimônio saltou de R$ 78 1mil para R$ 2,1 milhões em quatro anos (variação de 179%). Desse crescimento, no entanto, R$ 400 mil se devem a um erro no registro de um apartamento em 2006, que foi declarado sob o valor de R$ 400, mas corrigido para R$ 400 mil em 2010. O resto foram novas aquisições: um apartamento no Itaigara de R$ 490 mil, uma fazenda de R$ 160 mil em Ipirá, 380 cabeças de gado, totalizando R$ 220 mil. Ele é natural do município de Ipirá, a 204 km de Salvador, mas também possui fazendas em outras cidades.

Em terceiro lugar aparece o próprio presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), que aumentou em R$ 1,3 milhão sua declaração de bens. Em 2006, ele possuía patrimônio de R$ 895 mil, mas neste ano registrou R$2,2 milhões(155% a mais). Investidor do setor imobiliário, Nilo comprou um apartamento de R$ 150 mil no Caminho das Árvores, uma sala comercial na Av. Paralela de R$ 69 mil, outro apartamento de R$ 568 mil em Brotas, além de uma casa de praia no valor de R$ 60 mil. Ele possui ainda outros três apartamentos,mais uma sala comercial e um village em Guarajuba, Camaçari. (A TARDE)
Em quatro anos, veja os deputados que dobraram seu patrimônio

Marcelo Nilo (PDT) 155,4% - Presidente da Assembleia Legislativa aumentou seu patrimônio em 1,3 milhões em quatro anos.

Fernando Torres (DEM) 415,4% – De 521,1 mil para 2,68 mi

Jurandy Oliveira (PR) 197% – De 781,9 mil para 2,18 mi

Reinaldo Braga (PSC) 43,60% – De 3,02 mi para 4,32 mi

Nelson Leal (PP) 164,5% – De 757 mil para 2 mi

Clóvis Ferraz (DEM) 67,3% – De 1,8 mi para 3,03 mi

Sandro Régis (DEM) 413,3% – De 278,5 mil para 1,42 mi

Luiz de Deus (DEM) 37,3% – De 3,01 mi para 4,15 mi

José Bonfim (PDT) 93,1% – De 3,88 mi para 4,89 mi

Euclides Fernandes ( PDT) 61,4% – De 1,16 mi para 1,37 mi

Roberto Muniz (PP) 120,9% -De 620,9 mil para 1,37 mi

Paulo AZI (DEM) 77,8% – De 661 mil para 1,17 mi

Júnior Magalhães (DEM) 139,7% – De 471,5 mil para 1,13 mi

Adolfo Menezes (PP) 819,5% – De 97,3 mil para 895,8 mil

Virgínia Hagge (PMDB) 167% – De 314,8 mil para 840,7 mil

J. Carlos (PT) 363% – De 132 mil para 612,1 mil

Luciano Simões (PMDB) 274,3% – De 149,5 mil para 560 mil

Elmar Nascimento (PR) 99,1% – de 391,5 mil para 779,8 mil

Capitão Tadeu (PSDB) 88% – De 393,5 mil para 740 mil

Ângelo Coronel (PR) 964,5% – De 35,8 mil para 381,3 mil

Leur Lomanto Júnior (PMDB) 503,4% – De 67 mil para 404,2 mil

Arthur Maia (PSDB) 64,2% – De 518,7 mil para 852,1 mil

Maria Luiza Carneiro (PSC) 198,6% – De 125 mil para 373,3 mil

Yulo Oiticica (PT) 345,2% – De 65,8 mil para 293 mil

Zé Neto (PT) 52,8% – De 397,5 mil para 607,6 mil

Javier Alfaya (PCdoB) 176,3% – De 174,4 mil para 481,9 mil

Waldenor Pereira (PT) 198,8% – De 143,2 mil para 427,9 mil

Rogério Andrade (DEM) 366,7% – De 68,6 mil para 320,3 mil

Edson Pimenta (PCdoB) 208,8% – De 331,1 mil para 1,02 mi

Marizete Pereira (PMDB) 580,1% – De 30,5 mil para 207,4 mil

Gildásio Penedo Filho (DEM) 37,3% – De 438,2 mil para 602 mil

Antônia Pedrosa (PMDB) 173,4% – De 93,2 mil para 255 mil

Aderbal Caldas (PP) 10,4% – De 1,40 mi para 1,55 mi

Joélcio Martins (PMDB) 3,7% – de 1,24 mil para 1,28 mil

Heraldo Rocha (DEM) 48,2% – De 265,9 mil para 394,2 mil

Paulo Câmera (PDT) 109,2% – De 95,3 mil para 199,5 mil

Neusa Cadore (PT) 94,2% – De 80 mil para 155,4 mil

Valmir Assunção (PT) 29,6% – De 180,8 mil para 234,5 mil

João Carlos Bacelar (PTN ) 26,9% – De 197 mil para 250 mil

Ângela Souza (PSC) 188,8% – De 27,8 mil para 80,3 mil

Pedro Alcântara (PSL) 16,7% – De 197,6 mil para 230,6 mil

Gilberto Brito (PR) 3,2% – De 305 mil para 315 mil

(Fonte A TARDE)e RMS noticias

Um comentário:

  1. Oi.Eu acho que vou entrar na política para ficar rica também,pois só se fica rica no Brasil entrando na política ou abrindo uma igreja evangélica.Só têm esses dois caminhos para virar magnata.O lado triste é que eu vou ter que me detestar como política.

    Abraços,Lúcia
    03/08/010

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