Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos, diz que Brasil continua apelando por Sakineh
Do R7, com a Agência Brasil
Irã diz que Sakineh “praticou crime de homicídio contra seu marido, pelo qual foi processada e presa"; ONGs de direitos humanos negam versão
- O governo Lula está pressionando diplomaticamente o governo iraniano para que permita que ela venha para o Brasil. E se esse ditador [Ahmadinejad] tiver um mínimo de bom-senso, deveria permitir que ela venha morar no Brasil e seja salva.
Sakineh, de 43 anos, foi condenada sob acusação de manter relações sexuais com dois homens após ter se tornado viúva. A pena aplicada foi a de morte por lapidação, ou seja, apedrejamento. De acordo com as autoridades iranianas, Sakineh também foi condenada pelo assassinato do marido, fato negado por seu advogado.
O caso gerou repercussão internacional e o governo brasileiro propôs oficialmente que a mulher fosse enviada para o Brasil. Neste domingo (15), o presidente iraniano disse não ver necessidade de tal medida e que autoridades do Poder Judiciário do país também são contrárias a acatar o pedido brasileiro.
Irã diz que não mandará Sakineh ao Brasil
Nesta segunda-feira a Embaixada do Irã em Brasília soltou um comunicado reafirmando que não mandará Sakineh ao Brasil, apesar do apelo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que ofereceu asilo à condenada.
O documento chega a questionar se a sociedade brasileira quer que o Brasil se transforme num “lugar de criminosos de outros países em seu território”.
Religião não pode permitir violação de direitos humanos
Vannuchi disse que o Brasil é o único país que pode negociar com Ahmadinejad após o acordo nuclear assinado por Lula e pelo governo da Turquia e do Irã.
- O problema dos direitos humanos e os preceitos culturais é uma relação delicada que precisa ser conversada com muita calma. A ideia de que o preceito cultural tem que ser mantido nos levaria a tolerar o infanticídio [morte de crianças], por exemplo, e não podemos aceitar isso, como não podemos aceitar a amputação de clitóris promovida por países muçulmanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário