Arquiteto cria projeto de edifício com apartamentos
móveis para grandes centros urbanos
por Ystatille Freitas | Fonte: O Globo
Já pensou em morar num apartamento que pode ser levado para qualquer lugar quando o vizinho começar a incomodar? Ou então quando estiver a fim de fugir da cidade grande e curtir um pouco da natureza? É difícil de imaginar, mas o arquiteto mineiro Felipe Campolina subverteu os modelos tradicionais de construção e criou um projeto inusitado: o Portable Housing. O projeto foi desenvolvido para participar do concurso internacional de ideias “2010 Skyscraper Competition”, da revista americana eVolo, que busca novos conceitos para os arranha-céus dos centro urbanos. O lema é: quanto mais mirabolante, melhor.
Cada apartamento tem 32 metros quadrados e conta com sala, quarto, banheiro e cozinha. A estrutura remete ao formato de um contêiner. É feita de aço e compensado de madeira reutilizada e tem sistema de captação de água da chuva, além de fachada e cobertura verde para dar maior conforto acústico e térmico ao morador. Quem gosta de jardinagem pode consultar os tipos de plantas mais aconselhados para apartamentos.
Mas todas essas soluções sustentáveis não garantem o deslocamento do imóvel. Como o morador poderia levar a sua casa até o térreo, por exemplo?
“As unidades são sustentadas por uma base metálica. Quando o morador quiser levar a sua casa para outro lugar, há um trilho para facilitar o deslocamento e um arcabouço para transportá-la até o térreo. O deslocamento na cidade pode ser feito de carro através de um guincho”, explica Campolina.
Por enquanto, o Portable Housing é apenas um projeto. No entanto, de acordo com o arquiteto, ele pode, sim, ser erguido na cidade. Para esse tipo de empreendimento, o mineiro sugere os espaços urbanos mais adensados, pois além de a estrutura poder comportar centenas de unidades, a área necessária para construção é pequena.
“É uma proposta ousada, mas que mostra novas possibilidades de ocupação das cidades. E nós já temos tecnologia suficiente para construir com menos materiais além de minimizar os impactos na natureza e não gerar muitos resíduos de obra”, finaliza o arquiteto.
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