Futebol bonito
Ele é moreno, alto e bonito. Fala bem. Pontua corretamente as suas frases. Sorri facilmente. E é patriota.
Kaká rompeu o silêncio e apareceu para falar com jornalistas do mundo inteiro. Ao seu lado, Josué, também escalado para a coletiva ficou (mais) diminuído _tanto foi que a CBF resolveu dividir a coletiva em dois tempos para que o volante reserva não fosse completamente ignorado pelos jornalistas (mais de 300 de todos os continentes).
A sabatina de Kaká começou com um “boa sorte” seguido de risos de Josué, quando ele foi dispensado pelo assessor de imprensa da Seleção. Estava dada a largada para a sessão de perguntas para o mais famoso, assediado e festejado jogador do time de Dunga.
Com a postura de alguém que sabe o que é usar a 10 do Brasil (“apesar de me esquecer disso quando estou em campo”), Kaká não saiu do tom para falar do seu papel de líder, para falar da contestada convocação de Dunga, para defender seus colegas menos festejados (dos que os seus de 2006), para contornar as capciosas perguntas sobre a bola da Copa (da Adidas, pela qual também é patrocinado), para falar da sua condição física. Kaká foi sereno até para comentar a conturbada relação do chefe Dunga com os jornalistas.
Kaká só saiu do tom para ser patriota.
Foi só um jornalista argentino empunhar o microfone para contestar o futebol do time verde-amarelo (“feio”, como frisou), para Kaká subir a voz e, interrompendo a pergunta, defender o futebol do “seu” time como bonito: “Ganhamos de 3 a 1 da Argentina em Rosário. Não acho que foi um futebol feio. Para mim foi espetáculo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário