Por Crispim Quirino*: O município de Maragojipe já tem o que comemorar em 2010: o lançamento do livro de poemas de seus filhos ilustres e trabalhadores da arte de escrever de forma poética a sua terra em “Os 13 +”, realizado em 08 de maio do mesmo ano. O mesmo livro vem com três anos de atraso.
Primeiro, porque a cidade pôde presenciar, no festival de poesias que aconteceu em 2006, na Casa de Cultura de Maragojipe, no Auditório Osvaldo Sá, a forma com que seus poetas puderam falar de suas almas e de seus versos, segundo, porque a poesia é fruto peculiar e saboroso desse lugar que tanto marcou e marca o cenário cultural do país e da Bahia. Maragojipe é lugar de duas filarmônicas campeãs, a Filarmônica Terpsícore Popular da Bahia e a Dois de Julho. Pelos nomes pode-se perceber que não é à-toa que são dessa localidade. Possui o melhor carnaval da Bahia, com suas máscaras seculares de cunho do “entrudo” e venezianas”, além é claro, de ter “A lavagem de São Bartolomeu” conhecida como a “Lavagem da Boceta” e o São João que marca o pé-de-serra mais feliz da região. Ademais, falar dessa localidade é falar de nomes que Ronaldo Souza cita no presente livro em seu prefácio.
Talvez seja suspeito a estar propondo qualquer leitura dos poetas, mas na poesia nada parece ser suspeitoso e impossível, a mesma faz-se aparecer.
O livro pode ser apreciado no “Café com Arte” e “Pouso da Palavra” ambos em Cachoeira. Ler é entender-se e entender a alma, transcender o espírito. É buscar o “Jardim desmoronado”, frase do poeta Damásio Nunes Barbosa do mesmo livro. “Os 13 +” é uma paródia à cidade que tanto precisa de mais poesia, pois mesmo que esteja sempre linda, ainda assim, sombras insistem em escurecê-la.
Não querendo ser pessimista ou até mesmo determinista, mas ler a poesia dos maragojipanos, no singular mesmo, porque a cidade é uma só, é ir mais do que no Bairro do Cajá e ver o mar se encontrar com o Rio Paraguaçu. É não só apenas admirar a “Passagem”, título citado no livro. É perceber que o nada nada mais é do que tudo. Assim é a cidade cantada e encantada nos versos desconcertantes dos novos poetas pós-modernos.
Enfim, chega às mãos do leitor, apreciados pelos olhos, a informação de que “Os 13 +” está aqui. E em seguida agradece ao tempo em que deixa registrado ao poeta local, Damário Dacruz, o mais lindo poema: sua vida dedicada à Histórica, e por que não, às cidades da Bahia, com a certeza de serem os poemas do amanhã de amor e esperança. Leitor vai ficar olhando aí parado ou não vai buscar logo a sua poesia que a borboleta do campo já está olhando. Ler mais é ser melhor.
*Crispim Quirino é poeta de Maragojipe, universitário do curso de Museologia da UFRB
Oi.O professor também escreve como um poeta,gostei de ler sobre os poetas de Maragojipe,se as poesias serem tão bonitas quanto os elogios,valerá apena comprar o livro.
ResponderExcluirAbraços,Lúcia
15/05/010
Crispim Quirino, um grande poeta!
ResponderExcluirAbraços, do amigo Jair.