sábado, 15 de maio de 2010

MARAGOJIPE/BA: FALE AO POETA A PARTIRDA POESIA

Por Crispim Quirino*: O município de Maragojipe já tem o que comemorar em 2010: o lançamento do livro de poemas de seus filhos ilustres e trabalhadores da arte de escrever de forma poética a sua terra em “Os 13 +”, realizado em 08 de maio do mesmo ano. O mesmo livro vem com três anos de atraso.
Primeiro, porque a cidade pôde presenciar, no festival de poesias que aconteceu em 2006, na Casa de Cultura de Maragojipe, no Auditório Osvaldo Sá, a forma com que seus poetas puderam falar de suas almas e de seus versos, segundo, porque a poesia é fruto peculiar e saboroso desse lugar que tanto marcou e marca o cenário cultural do país e da Bahia. Maragojipe é lugar de duas filarmônicas campeãs, a Filarmônica Terpsícore Popular da Bahia e a Dois de Julho. Pelos nomes pode-se perceber que não é à-toa que são dessa localidade. Possui o melhor carnaval da Bahia, com suas máscaras seculares de cunho do “entrudo” e venezianas”, além é claro, de ter “A lavagem de São Bartolomeu” conhecida como a “Lavagem da Boceta” e o São João que marca o pé-de-serra mais feliz da região. Ademais, falar dessa localidade é falar de nomes que Ronaldo Souza cita no presente livro em seu prefácio.
Talvez seja suspeito a estar propondo qualquer leitura dos poetas, mas na poesia nada parece ser suspeitoso e impossível, a mesma faz-se aparecer.
O livro pode ser apreciado no “Café com Arte” e “Pouso da Palavra” ambos em Cachoeira. Ler é entender-se e entender a alma, transcender o espírito. É buscar o “Jardim desmoronado”, frase do poeta Damásio Nunes Barbosa do mesmo livro. “Os 13 +” é uma paródia à cidade que tanto precisa de mais poesia, pois mesmo que esteja sempre linda, ainda assim, sombras insistem em escurecê-la.
Não querendo ser pessimista ou até mesmo determinista, mas ler a poesia dos maragojipanos, no singular mesmo, porque a cidade é uma só, é ir mais do que no Bairro do Cajá e ver o mar se encontrar com o Rio Paraguaçu. É não só apenas admirar a “Passagem”, título citado no livro. É perceber que o nada nada mais é do que tudo. Assim é a cidade cantada e encantada nos versos desconcertantes dos novos poetas pós-modernos.
Enfim, chega às mãos do leitor, apreciados pelos olhos, a informação de que “Os 13 +” está aqui. E em seguida agradece ao tempo em que deixa registrado ao poeta local, Damário Dacruz, o mais lindo poema: sua vida dedicada à Histórica, e por que não, às cidades da Bahia, com a certeza de serem os poemas do amanhã de amor e esperança. Leitor vai ficar olhando aí parado ou não vai buscar logo a sua poesia que a borboleta do campo já está olhando. Ler mais é ser melhor.




                            *Crispim Quirino é poeta de Maragojipe, universitário do curso de Museologia da UFRB

2 comentários:

  1. Oi.O professor também escreve como um poeta,gostei de ler sobre os poetas de Maragojipe,se as poesias serem tão bonitas quanto os elogios,valerá apena comprar o livro.

    Abraços,Lúcia
    15/05/010

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  2. Crispim Quirino, um grande poeta!
    Abraços, do amigo Jair.

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