Casal pode ficar em campos opostos pela primeira vez em uma eleição
Terça-feira (13), minutos após a primeira-dama de Salvador, a deputada estadual Maria Luiza Carneiro (PSC), declarar publicamente o rompimento político com o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), e o conseqüente abandono de sua candidatura a deputada federal, o governador Jaques Wagner (PT) e o deputado Marcelo Nilo (PDT), presidente da Assembleia, lhe telefonaram para prestar solidariedade. A informação, repassadas por fontes ligadas ao Governo, dá conta de que, se ela não agiu sob afagos governistas, os recebeu assim que decidiu romper com o principal desafeto do governador. Questionada pelo Bahia Notícias sobre qual candidatura apoiará este ano, a primeira dama fez mistério e disse que falará sobre o assunto “em breve”. Ela assegura que a decisão de afastamento do peemedebista não foi tomada por razões somente circunstanciais, pois o processo de desligamento “já tem mais de seis meses”. Instigada a comentar sobre uma possibilidade de aproximação com o DEM, devido à sua amizade pessoal com o deputado ACM Neto, ela foi taxativa: “Isso não é verdade. Falavam de uma dobradinha com ele, mas eu nunca tive nenhum interesse nisso”, afirmou. De certo, e comentado pela própria Maria Luiza com seus pares, é que o ápice para o rompimento foi a quase impossibilidade de conseguir se eleger deputada federal, como era seu plano, devido à aliança de seu partido com o PMDB, o PR e o PTB na chapa proporcional. Para viabilizar seu projeto, ela até mudou de legenda (do PMDB para o PSC) no ano passado, sob a promessa – descumprida – de que seu novo partido, mesmo apoiando Geddel, não se coligaria com o PMDB na proporcional. Esta será, ao menos em um primeiro momento, a primeira vez que Maria Luiza não estará ao lado de seu principal aliado, o seu marido e prefeito João Henrique (PMDB), em uma disputa eleitoral.
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