Foto: Divulgação
Cassivandro (à dir.) decidiu processar guardas por terem protestado
Cassivandro (à dir.) decidiu processar guardas por terem protestado
Um protesto contra as más condições de trabalho, em outubro do ano passado, motivou o comando da Guarda Municipal de Salvador a processar administrativamente três membros da corporação – apesar da manifestação ter sido realizada por dezenas de guardas. Eles são acusados de não manter conduta compatível com a moralidade administrativa, por ter cobrado fardas para trabalhar, equipamentos de segurança como coletes balísticos, gratificação por atividades de risco e horas extras. A instauração do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os guardas Cláudio Firmino Dantas, Nilton Conceição dos Anjos e José Eleno da Cruz Bonfim foi determinada pelo coronel Cassivandro da Costa Santos, superintendente da Guarda Municipal de Salvador (GMS). O guarda municipal Cláudio Dantas lamenta a atitude do coronel em processá-lo. “Eu tenho direito garantido constitucionalmente de me manifestar, como qualquer outro trabalhador civil. Nós não somos militares”, defendeu-se. Guardas municipais denunciam que ainda faltam fardas, o mesmo quadro apontado em janeiro de 2009. À época do protesto, foi deflagrada pela Polícia Civil a Operação Nêmesis, para desarticular um esquema de superfaturamento em licitações da PM. Foram descobertos indícios de que a empresa Central de Negócios, responsável pelo fardamento da GMS, tinha fraudado o certame público para o fornecimento das fardas. Escutas telefônicas das investigações flagraram conversas comprometedoras entre o lobista Gracílio Junqueira, proprietário da Central de Negócios, e o então superintendente da guarda, coronel José Alberto Guanais, que perdeu o cargo com as denúncias. Informações do A Tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário