Ministro conversa com Lula e marca saída para dia 10. Dois nomes são cotados para vaga
Lais Lis, do R7, em Brasília
Tarso chegou ao Ministério da Justiça em março de 2007 depois de deixar as Relações Institucionais; polêmicas marcaram sua atuação no cargo
O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou nesta terça-feira (2) que vai deixar o governo Federal no próximo dia 10 (quarta-feira) para concorrer pela terceira vez ao governo do Rio Grande Sul. O anúncio foi feito em Brasília após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ficou conhecido no cargo por decisões polêmicas, que muitas vezes destoaram do discurso de Lula, de outros ministros do governo e, principalmente, do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes. Pelos mais conservadores, Tarso já foi chamado de “ministro do MST”.
Durante sua estadia na Esplanada dos Ministérios, ele pediu o julgamento de torturadores da ditadura, justificou ocupações do MST, defendeu o refúgio político do ex-guerrilheiro italiano Cesare Battisti e, principalmente, saiu em defesa da atuação incisiva da Polícia Federal, que aumentou suas Operações contra esquemas de corrupção pelo Brasil. Entre os cotados para substituí-lo estão o secretário-executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto Teles, e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). Tarso indicou os dois nomes ao presidente Lula, que vai decidir quem fica com o cargo após a saída de Tarso. O ministro afirmou hoje que o presidente deve "bater o martelo" sobre o substituto de Tarso três dias antes do ministro deixar o cargo. O prazo de desincompatibilização para quem quer disputar as eleições de outubro termina na primeira semana de abril.
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