domingo, 20 de dezembro de 2009

SAÍDA DE AÉCIO DO PÁREO ACABA COM TRÉGUA DO PT

Para especialistas, agora partido vai tratar o governador de SP como candidato da oposição
Wanderley Preite Sobrinho, do R7
Agência Brasil - 29.09.2009Foto por Agência Brasil - 29.09.2009
Pré-candidatura em imagensAécio abre mão de disputar Presidência e tentará Senado


A saída do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, da disputa à Presidência da República pelo PSDB acabou com a trégua do PT ao governador de São Paulo, José Serra, candidato tucano que deve polarizar a disputa com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições de 2010. Especialistas ouvidos pelo R7 disseram que o PT vai deixar de tratar Serra como postulante e apontar toda a artilharia contra o tucano candidato da oposição A cientista política da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Eucimara de Souza Telles, diz que até a imprensa vai mudar a cobertura:
- O planalto sabe qual será seu adversário, e agora o governo vai investir em desconstruir a imagem de Serra. A própria cobertura da imprensa vai mudar.
Apesar de Serra ainda não se declarar candidato, a decisão de Aécio obriga o governador paulista a antecipar sua decisão, que ele queria empurrar para março.
- Aécio percebeu que era inviável sua candidatura pelo PSDB. Ele percebeu que não teria espaço. Acho que ontem foi lançada oficialmente a candidatura de Serra. A campanha do governo [Lula] já está na rua, e a oposição não poderia perder.
O cientista político Malco Braga Camargos – da PUC de Minas – disse que, apesar de Serra estar na frente das pesquisas, Aécio poderia atrair mais votos quando a campanha começasse porque o discurso do mineiro não era o de romper com o bem avaliado governo Lula, mas se colocar como a melhor opção para superar a atual administração.
Serra, no entanto, é identificado com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi ministro duas vezes. - É muito mais fácil para a campanha do Lula construir esse discurso contra o Serra do que contra o Aécio.
Ele diz que, no frigir dos ovos, quem se beneficia é o Planalto:
- Quem ganha com tudo isso é Dilma [Rousseff, atual ministra-chefe da Casa Civil].

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