quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AUTORIDADES DE BRASÍLIA QUE PROSSEGUEM OCUPANDO PÁGINAS DE MÍDIA NACIONAL POR ESCÂNDALOS PASSARÃO A VIRADA DO ANO EM FAMÍLIA

Autoridades abandonam festas badaladas para ficarem em suas casas

Josie Jeronimo, do R7 em Brasília


O governador do DF, José Roberto Arruda, e o presidente do Senado, José Sarney: envolvidos em escândalos em 2009, eles vão se esconder na virada


Após passarem o ano de 2009 nas manchetes de jornais, políticos envolvidos em escândalos pretendem fugir das festas badaladas de fim de ano e devem passar o Réveillon com a família. É o caso do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), principal alvo da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga o mensalão do DEM, suposto esquema de pagamento de propina na administração do DF.
Acostumado a comparecer em grandes festas públicas, Arruda vai passar a virada em sua casa, no setor de mansões do bairro de Park Way, em Brasília, de acordo com sua assessoria.
No ano passado, o governador foi prestigiar a queima de fogos da Esplanada dos Ministérios, que atraiu mais de 400 mil pessoas. Em seu primeiro ano como governador, Arruda – que foi forçado a deixar seu antigo partido - virou o ano ao lado do presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), em um clube no Rio de Janeiro. No ano da eleição, a comemoração foi em luxuoso hotel de Brasília. De acordo com o secretário de Comunicação do GDF (Governo do Distrito Federal), Wellington Moraes, o motivo do recolhimento este ano não é o escândalo político, mas o pé quebrado do governador.
- Como ele está com aquele problema no pé, não tem jeito.
Também alvo da operação da PF, o vice-governador, Paulo Octavio (DEM), também não ficará em Brasília. De acordo com sua assessoria de imprensa, o empresário vai passar o Réveillon em São Paulo, com a família de sua mulher.
O presidente da Câmara Legislativa, deputado Leonardo Prudente (sem partido), flagrado colocando dinheiro nas meias, passará o ano novo com a família, em Goiás, segundo sua assessoria.
Apesar de o escândalo do GDF ter ofuscado a crise que atingiu o Senado e a Câmara no início do ano, os envolvidos também deram um jeito de sair dos holofotes. O presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), que esteve a um passo de perder o posto depois do escândalo dos atos secretos, já está no Maranhão para passar o Réveillon ao lado da família.
Sarney passou boa parte do ano respondendo a denúncias de irregularidades na administração do Senado, como os atos secretos e a nomeação de parentes para trabalhar na Casa.
Na Câmara, as atenções se voltaram para o deputado Edmar Moreira (PR-MG). Recém eleito corregedor da Casa, depois das definições de cargos da Mesa Diretora, Moreira entrou no olho do furação após divulgação de seu patrimônio milionário não declarado à Justiça Eleitoral. Até mesmo um castelo apareceu na lista de bens.
O ano novo de Edmar Moreira, no entanto, é mistério até mesmo para a sua assessoria. O R7 entrou em contato com a chefia de gabinete do deputado que afirmou “não fazer ideia” de onde o parlamentar vai passar o Réveillon.

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