A Polícia Civil suspeita que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) repassava ao advogado Carlos Eduardo Villares Barral, a título de honorários advocatícios, R$ 1 milhão por mês para corromper funcionários públicos e profissionais da mídia. A informação, que consta no inquérito da Operação Expresso, foi repassada ao jornal A Tarde por um policial que participa do comando da investigação. De acordo com esta fonte, Barral teria sido flagrado numa escuta telefônica, autorizada pela Justiça, emitindo ordem de supostos pagamentos de propinas para pessoas que atenderiam aos interesses de empresários de ônibus. Anteontem, um dos mandados de busca e apreensão da Expresso foi cumprido por agentes da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) no prédio do Setps, no bairro de Brotas. Os policiais também fizeram buscas na casa e no escritório do advogado. Eles encontraram vários documentos e, dentre eles, supostos recibos dos pagamentos ilegais e registros de contabilidade. O advogado Carlos Barral foi preso durante a operação pelo crime de porte ilegal de arma. Após pagar fiança de R$ 2 mil, ele foi liberado. Desde a gestão de Lídice da Mata (1993-96), a Prefeitura de Salvador não realiza licitação para as linhas de transporte da capital. Hoje, há 532 linhas, divididas entre 18 empresas que integram o Setps sem o menor critério, de acordo com investigação do Ministério Público baiano.
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