terça-feira, 24 de novembro de 2009

RIO DE JANEIRO/RJ: Tráfico no Rio tem 150 armas antiaéreas

Estimativa é de policiais; metralhadoras ponto 30 e 50 são capazes de derrubar aeronaves
Mario Hugo Monken, do R7 no Rio
Ao menos três novas armas antiaéreas de calibres ponto 30 e 50 estão há cerca de duas semanas em poder de traficantes de favelas do complexo da Maré, na zona norte carioca (Timbau, Baixa do Sapateiro, Vila do João e Vila dos Pinheiros, no complexo da Maré). O armamento, segundo policiais civis, chegou ao Rio por meio de Santos, no litoral paulista. Entretanto, sua origem ainda é desconhecida.

Temidas pela polícia, armas desse tipo são capazes de derrubar aeronaves. Com base em investigações e informantes, policiais das delegacias de Combate às Drogas e Repressão às Armas e Explosivos estimam que, no mínimo, 150 antiaéreas estejam hoje em poder de traficantes no Rio.

As armas de calibre ponto 30 (metralhadoras, fuzis ou carabinas), que custam de R$ 60 mil a R$ 90 mil para os traficantes, vêm da Bolívia e do Paraguai, inclusive das Forças Armadas desses países. Nos últimos cinco anos, só a delegacia de repressão às armas apreendeu cerca de 20. Duas delas, desviadas do Forte de Copacabana, na zona sul, foram achadas no morro Pavão-Pavãozinho, no mesmo bairro.

Guerra do tráfico
Levantamento feito pela polícia aponta que criminosos do complexo de favelas do Alemão, na zona norte, têm ao menos 20 armas desse tipo. O vizinho complexo da Penha, incluindo a Vila Cruzeiro, possui dez antiaéreas, contabilizam os policiais.

Outra favela com grande número de armas antiaéreas, segundo a delegacia antidrogas, é o morro da Providência, no Santo Cristo, zona portuária. No local, os traficantes contam com, pelo menos, 12 delas. Já a Rocinha, na zona sul, a Vila Vintém, em Padre Miguel, o complexo da Maré (favelas do Timbau, Baixa do Sapateiro, Vila do João e do Pinheiro), o complexo de Senador Camará, na zona oeste, e Parada de Lucas, na zona norte têm cada um dez armas capazes de derrubar aeronaves.

O morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte, onde um helicóptero da Polícia Militar foi derrubado a tiros em 17 de outubro passado, matando três policiais, possui, segundo a polícia, ao menos oito antiaéreas, mesmo número do morro do Dendê, na Ilha do Governador, também na zona norte. Já o vizinho São João e a favela de Manguinhos, zona norte, contam com ao menos quatro cada.

Policiais estimam que existam seis armas no morro da Pedreira e no Turano, na zona norte; cinco no Vidigal, na zona sul; quatro na Serrinha, em Madureira e no complexo de São Carlos, no Estácio, zona central; três em Acari, zona norte e outras duas no morro Pavão-Pavãozinho, na zona sul.

Outras comunidades também listadas pelos policiais são o Santo Amaro, Tabajaras e Cerro Corá, na zona sul, Fallet, na zona central, Fumacê e Antares, na zona oeste, Borel, Kelsons, Formiga, Juramento, Parque União, complexo do Lins e Camarista Méier, na zona norte.

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