O presidente do PT baiano, Jonas Paulo, deve se sentir todo poderoso por presidir a legenda e ser candidato à reeleição, decisão de Jaques Wagner para que não haja ruídos no partido em véspera de campanha. O poder que ele imagina ter é meramente virtual – não existe- mas é fato que costuma meter a sua colher torta até no governo Wagner. Se ele assim o faz, no entanto é impertinente, extrapola os limites da razão, se é que a possui, e da sua área de atuação para, de forma inaceitável, querer se imiscuir em assuntos exclusivos da imprensa, protegidos pela Constituição: a liberdade de expressão e de dizer. Na verdade, por misturar conceitos, não sabe o que diz. Procura a mídia para aparecer. Meteu-se a articulista e assim conduz o seu petismo mais torto do que a colher que utiliza para deitar regra no governo Wagner e no que mais imaginar. É bom, no entanto, que mantenha distância da imprensa, que tem os seus próprios princípios protegidos pela Constituição da República. O excelente e premiado cartunista Cau Gomes publicou uma charge em A Tarde, onde aparece Lula transformado num ursinho de pelúcia, com uma estrela desenhada na pança (muito menor do que a de Jonas) sendo mimado por Hugo Chaves e Manuel Zelaia, da Venezuela e Honduras. Observem um pequeno trecho do que a sua “caneta mágica” e a sua petulância foram capazes de produzir, em correspondência a “A Tarde”: “A charge do seu jornal é uma elegia à intolerância e uma manifestação explícita e desavergonhada de subserviência reacionária e vetusta ao império (os yanques”). Jonas Paulo é grosseiro; imaturo; aprendiz de açougueiro das palavras; impertinente; intolerável; intrometido; enfim imagina que possa se imiscuir nos assuntos da imprensa baiana. O cartunista Simanca respondeu com a mesma charge, na edição desta terça-feira, pondo ao lado Jonas com uma bomba na cabeça, com roupa de radical do talibã, PTalibã, com uma foice numa mão e a estrela do seu PT do outro. O melhor que Jonas Paulo faz é ir lamber sabão e dar palpites em quem acha que pode. Da imprensa, meu caro, a sua distância é bem-vinda. Quem garante é o jornalista Samuel Celestino, editor-chefe do Bahia Notícias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário