segunda-feira, 23 de novembro de 2009

NACIONAL: Dirceu volta à cena no PT e diz que mensalão foi "caixa 2" para financiar campanhas eleitorais

Ex-ministro é um dos réus no STF e deve voltar à direção do partido nas eleições internas
Agência Estado.
O ex-ministro José Dirceu negou no último domingo (22) a existência do esquema de compra de votos de parlamentares em 2005, conhecido como mensalão, e descreveu o episódio como "caixa 2" para financiar campanhas eleitorais. Quatro anos depois da maior crise política do governo Lula, Dirceu rechaçou a tese de que seu provável retorno à direção petista signifique que o partido tenha enterrado o assunto.
Dirceu é um dos 39 réus do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal) e, pela primeira vez desde 2005, ele integra a chapa da corrente antes conhecida como o Campo Majoritário do PT, hoje chamada Construindo um Novo Brasil. O grupo lançou como candidato à presidência do PT o ex-senador José Eduardo Dutra (SE). Se vencer, como é esperado, Dirceu tende a recuperar assento no Diretório Nacional petista.
Em tom de conciliação, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse no último domingo que é "normal" a volta de antigos dirigentes do PT envolvidos no caso do mensalão” ao comando do partido. Após votar na eleição interna da legenda, ela observou que até o momento não há uma conclusão dos julgamentos no STF (Supremo Tribunal Federal). - Acho normal que essas pessoas exerçam seus direitos políticos.
Ontem, petistas de todo o país escolheram um candidato a presidente e uma chapa para a direção partidária. O resultado sairá dentro de dois ou três dias.
A pré-candidata petista à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou que o PT está agindo corretamente ao aceitar a presença dos citados na crise que derrubou a cúpula do partido, como Dirceu.
Além de Dutra, concorrem também à presidência da legenda os deputados José Eduardo Martins Cardozo (Mensagem ao Partido), Geraldo Magela (Movimento PT) e Iriny Lopes (Articulação de Esquerda) e os militantes Markus Sokol (O Trabalho) e Serge Goulart (Esquerda Marxista).

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