segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TEGUCIGALPA, HONDURAS: ZELAYA MOSTRA PESSIMISMO NA VÉSPEPRA DA RETOMADA DO DIÁLOGO

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, se disse pessimista nesta segunda-feira, véspera da retomada do diálogo com o governo de fato para tentar encontrar uma solução à crise política que assola o país desde o golpe de Estado de 28 de junho.
"Amanhã (terça-feira) será o dia-chave para ver se tudo isso será resolvido, mas não estou confiante. Acho que o regime golpista vai seguir se recusando a acatar a resolução da OEA (Organização dos Estados Americanos) e da comunidade internacional", declarou Zelaya à AFP.
Depois de três dias de pausa, os representantes dos dois lados voltarão a se reunir amanhã para discutir o ponto central das negociações, o retorno de Zelaya ao poder, que tem sido rejeitado categoricamente pelo governo de fato apesar das pressões internacionais.
Avanços foram registrados em outros pontos, como a formação de um governo de união nacional, a rejeição de uma anistia e a desistência de Zelaya de convocar uma assembleia constituinte.
Zelaya foi derrubado e expulso do país no dia 28 de junho, quando pretendia organizar uma consulta popular, considerada ilegal pela Corte Suprema, com o objetivo de reformar a Constituição para permitir a reeleição do chefe de Estado.
Domingo, o enviado especial da OEA, John Biehl, se disse confiante com as negociações.
"As discussões têm evoluído positivamente. Houve progressos. Podemos ter notícias relativamente otimistas terça-feira", declarou, admitindo, porém, que ainda falta acertar "os pontos mais difíceis".
Zelaya pediu para ser restabelecido no poder antes de quinta-feira, ameaçando exigir um adiamento das eleições gerais de 29 de novembro se não for atendido.

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