O governo de facto de Honduras impediu hoje pela manhã a entrada de quatro funcionários da Organizações dos Estados Americanos (OEA) no país. A informação foi confirmada pelo chefe da missão brasileira OEA, embaixador Ruy Casaes. Segundo ele, o grupo iria preparar a chegada de uma missão de cerca de 15 representantes da OEA, com desembarque previsto para terça-feira (29) em Tegucigalpa. O governo de Roberto Michelleti bloqueou a entrada dos funcionários sob o argumento de que eles não apresentaram as credenciais diplomáticas à Chancelaria hondurenha. A OEA, as Nações Unidas e o Brasil não reconhecem a legitimidade do governo de Roberto Michelleti. Por conta disso, funcionários da OEA não estão autorizados a encaminhar um pedido formal para entrar no país. Desde sexta-feira, o governo de Michelleti força a comunidade internacional a reconhecer a autoridade do governo de facto, exigindo pedido de autorizações, até mesmo para a entrada de brasileiros na Embaixada do Brasil. A representante do governo interino no processo de negociação para tentar acabar com a crise, Vilma Morales, afirmou que as negociações para resolver o impasse estão paralisadas. "Os dois lados precisam ceder", disse à Agência Brasil, ao chegar hoje a Tegucigalpa de uma viagem de oito dias ao exterior.
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