Lourival Trindade
Sub-Secretário Municipal da Cultura e Turismo da Cachoeira
Tendo em vista quanto a cultura influi na vida das pessoas, notadamente em Cachoeira, Cidade Histórica e Monumento Nacional, cujos valores arquitetônicos, históricos, ao lado das manifestações de fé do seu povo, constituem destacadas atrações para o desenvolvimento do turismo local, a Reportagem do Jornal O Guarany entrevistou o sub-secretário municipal da Cultura e Turismo, Lourival Trindade, buscando levar ao público as ações e planos da Secretaria que de fato, passem a gerar empregos, ocupação e renda na comunidade.
Jornal O Guarany: O que a Secretaria já fez para atrair mais turistas para a Cachoeira?
Lourival Trindade: Aumentar o fluxo turístico, não é problema único do município de Cachoeira. Nas reuniões do Conselho Estadual de Turismo, do Fórum e CAMBTS (Câmara Baia de Todos os Santos), é um dos temas mais abordados. Os municípios do recôncavo são os que mais sofrem com o baixo fluxo de turistas. Para que os leitores tenham um melhor entendimento, eu quero salientar que Salvador, sendo a introdutora da nossa zona turística, com todos os atrativos, não consegue segurar por mais de três dias o turista na cidade. Isso significa que devemos pensar o recôncavo como um todo, criar um roteiro que contemple todas as cidades, aumentando desse modo a oferta turística para os visitantes. Outro ponto importante é a qualificação do receptivo (hotéis, pousadas, restaurantes, etc.), além de um calendário cultural e festivo definido e que fosse disponibilizado na internet através do site da secretaria de Turismo do município e do estado. Isso é o que pensamos. E estamos buscando este entendimento. Esta é uma questão importante. Houve uma melhora acentuada no que se refere à hospedagem em Cachoeira, mas, mesmo assim, ainda está aquém do ideal. Eu digo isso porque nos períodos festivos, como por exemplo o São João, faltam leitos. Mesmo com as casas que são colocadas para aluguéis temporários, os nossos visitantes buscam hospedagem nas cidades vizinhas de São Felix e Muritiba. A outra queixa é quanto a mão de obra. Estamos buscando soluções com cursos que serão oferecidos para os funcionários deste segmento, melhorando assim, o atendimento e, conseqüentemente, trazendo melhor satisfação aos nossos visitantes.
Jornal O Guarany: Os hotéis, apart-hoteis e pousadas existentes em Cachoeira, incluindo o Vila Real, na zona rural, atendem aos propósitos do plano de expansão do turismo na cidade e nos sítios culturais do município?
Lourival Trindade: Já existe um plano de ações, tanto para a cultura como para o turismo. Porém, vamos avançar muito mais, estamos viabilizando a criação dos conselhos de cultura e de turismo, utilizando as normas estabelecidas pelos dois Ministérios. Logo após definidos e empossados os conselhos, vem a parte mais importante que é o plano de cultura e de turismo, onde devemos ter todo o cuidado para não cometermos erros. Será um trabalho de médio e longo prazo, mas que busque atender as demandas tanto da cultura e do turismo, tornando possível a consolidação de Cachoeira como um destino turístico e não apenas um ponto de visitação.
Jornal O Guarany: O prefeito Tato Pereira expôs, em todos os seus discursos, como carro-chefe de sua campanha à reeleição, a elaboração e execução de um projeto revolucionário de geração de empregos, ocupação e renda, neste seu segundo mandato, em todas as secretarias e órgãos que integram a administração municipal. A secretaria de Turismo e Cultura já tem este projeto?
Lourival Trindade:Existe esse entendimento entre a Secult a Setur, as duas secretariasestaduais e secretária municipal de cultura e turismo, desde o anopassado. Tivemos no de 2008, cursos de elaboração de projetos,fornecidos pela Secult no sentido de formar multiplicadores, e, que osmesmos pudessem atuar junto aos grupos culturais da nossa comunidade,facilitando a participação nos editais de cultura. Quanto a Setur, esta nosofereceu diversos cursos na área do turismo como manuseio dealimentos, história da Boa Morte, atendimento e outros.
Jornal O Guarany: Na sua avaliação, quantas pessoas, turistas, vieram à Cachoeira para o São João/Feira do Porto este ano?
Lourival Trindade: Olha, a quantidade de visitantes no período das festas juninas, foi bastante significativo, acreditamos que passou de 30.000 mil, isso sem contar cachoeiranos que vivem fora.
Jornal O Guarany: Quais os planos e incentivos que a administração do prefeito Tato Pereira tem para atrair investidores para o crescimento do turismo da Cachoeira?
Lourival Trindade: Já existem entendimentos com Marco Tardio na elaboração de um Máster Plan envolvendo as cidades de Cachoeira, São Félix e Maragogipe para o desenvolvimento do turismo nesta região. Será um investimento na ordem de R$36.000,00 divididos entre as três cidades para viabilizar este projeto. Também, o prefeito assinou uma Carta de Anuência com uma Empresa da Itália para a criação de um Hotel Escola em nosso município onde irá formar profissionais que irão atuar na área do turismo. O plano de desenvolvimento do turismo busca também atrair para a Cachoeira a construção de um Resort a exemplo do que já está acontecendo na Ilha de Cajaíba, em São Francisco do Conde. As referidas intervenções gerarão ocupação, emprego e renda para o município.
Jornal O Guarany: O que significa para Cachoeira e região o Seminário Itinerário Cultural do Rio Paraguaçu realizado pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado?
Lourival Trindade: A partir do momento que mudou o foco para o reconhecimento da Cachoeira e São Félix como Patrimônio Cultural da Humanidade e passou-se a buscar um novo entendimento, segundo a orientação da UNESCO, passando a ter como foco a foz do Rio Paraguaçu, incluindo desta forma a cidade Maragogipe, a partir daí tornaram-se necessários maiores esclarecimentos e o seminário cumpriu o seu papel trazendo todo esse leque de informações e renovando as esperanças da população da região de ser contemplada com o reconhecimento com o Título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Jornal O Guarany: O que você pode dizer sobre a obrigatoriedade da instalação do Conselho de Cultura e de Turismo em Cachoeira?
Lourival Trindade:É importante porque o Conselho terá papel consultivo nas construções das políticas públicas tanto para a cultura quanto para o turismo, segundo o que determina a Lei Federal, com a participação tanto da sociedade civil organizada como das representações dos órgãos oficiais.
Jornal O Guarany: Quais, em seu entendimento, as grande dificuldades, os entraves que impedem o turismo de desenvolver-se em Cachoeira? O que a Secretaria vai fazer para sobrepor tal situação?
Lourival Trindade: O que vejo como grande dificuldade no desenvolvimento do turismo sustentável é o fato de o empresariado local não ter entendido que Cachoeira é uma cidade turística e por isso diferenciada, exigindo um tratamento mais profissional em todos os seus aspectos, no setor de hospedagem, da gastronomia, e em todas as áreas de prestação de serviço. Penso que esta é a maior dificuldade para o desenvolvimento. E que a indústria do turismo é a mais barata e mais rentável a médio e longo prazo. Podemos ter como exemplo a cidade de Lençóis onde a população e o empresariado local abraçaram o projeto turístico como vetor de crescimento da economia local.
Tendo em vista quanto a cultura influi na vida das pessoas, notadamente em Cachoeira, Cidade Histórica e Monumento Nacional, cujos valores arquitetônicos, históricos, ao lado das manifestações de fé do seu povo, constituem destacadas atrações para o desenvolvimento do turismo local, a Reportagem do Jornal O Guarany entrevistou o sub-secretário municipal da Cultura e Turismo, Lourival Trindade, buscando levar ao público as ações e planos da Secretaria que de fato, passem a gerar empregos, ocupação e renda na comunidade.
Jornal O Guarany: O que a Secretaria já fez para atrair mais turistas para a Cachoeira?
Lourival Trindade: Aumentar o fluxo turístico, não é problema único do município de Cachoeira. Nas reuniões do Conselho Estadual de Turismo, do Fórum e CAMBTS (Câmara Baia de Todos os Santos), é um dos temas mais abordados. Os municípios do recôncavo são os que mais sofrem com o baixo fluxo de turistas. Para que os leitores tenham um melhor entendimento, eu quero salientar que Salvador, sendo a introdutora da nossa zona turística, com todos os atrativos, não consegue segurar por mais de três dias o turista na cidade. Isso significa que devemos pensar o recôncavo como um todo, criar um roteiro que contemple todas as cidades, aumentando desse modo a oferta turística para os visitantes. Outro ponto importante é a qualificação do receptivo (hotéis, pousadas, restaurantes, etc.), além de um calendário cultural e festivo definido e que fosse disponibilizado na internet através do site da secretaria de Turismo do município e do estado. Isso é o que pensamos. E estamos buscando este entendimento. Esta é uma questão importante. Houve uma melhora acentuada no que se refere à hospedagem em Cachoeira, mas, mesmo assim, ainda está aquém do ideal. Eu digo isso porque nos períodos festivos, como por exemplo o São João, faltam leitos. Mesmo com as casas que são colocadas para aluguéis temporários, os nossos visitantes buscam hospedagem nas cidades vizinhas de São Felix e Muritiba. A outra queixa é quanto a mão de obra. Estamos buscando soluções com cursos que serão oferecidos para os funcionários deste segmento, melhorando assim, o atendimento e, conseqüentemente, trazendo melhor satisfação aos nossos visitantes.
Jornal O Guarany: Os hotéis, apart-hoteis e pousadas existentes em Cachoeira, incluindo o Vila Real, na zona rural, atendem aos propósitos do plano de expansão do turismo na cidade e nos sítios culturais do município?
Lourival Trindade: Já existe um plano de ações, tanto para a cultura como para o turismo. Porém, vamos avançar muito mais, estamos viabilizando a criação dos conselhos de cultura e de turismo, utilizando as normas estabelecidas pelos dois Ministérios. Logo após definidos e empossados os conselhos, vem a parte mais importante que é o plano de cultura e de turismo, onde devemos ter todo o cuidado para não cometermos erros. Será um trabalho de médio e longo prazo, mas que busque atender as demandas tanto da cultura e do turismo, tornando possível a consolidação de Cachoeira como um destino turístico e não apenas um ponto de visitação.
Jornal O Guarany: O prefeito Tato Pereira expôs, em todos os seus discursos, como carro-chefe de sua campanha à reeleição, a elaboração e execução de um projeto revolucionário de geração de empregos, ocupação e renda, neste seu segundo mandato, em todas as secretarias e órgãos que integram a administração municipal. A secretaria de Turismo e Cultura já tem este projeto?
Lourival Trindade:Existe esse entendimento entre a Secult a Setur, as duas secretariasestaduais e secretária municipal de cultura e turismo, desde o anopassado. Tivemos no de 2008, cursos de elaboração de projetos,fornecidos pela Secult no sentido de formar multiplicadores, e, que osmesmos pudessem atuar junto aos grupos culturais da nossa comunidade,facilitando a participação nos editais de cultura. Quanto a Setur, esta nosofereceu diversos cursos na área do turismo como manuseio dealimentos, história da Boa Morte, atendimento e outros.
Jornal O Guarany: Na sua avaliação, quantas pessoas, turistas, vieram à Cachoeira para o São João/Feira do Porto este ano?
Lourival Trindade: Olha, a quantidade de visitantes no período das festas juninas, foi bastante significativo, acreditamos que passou de 30.000 mil, isso sem contar cachoeiranos que vivem fora.
Jornal O Guarany: Quais os planos e incentivos que a administração do prefeito Tato Pereira tem para atrair investidores para o crescimento do turismo da Cachoeira?
Lourival Trindade: Já existem entendimentos com Marco Tardio na elaboração de um Máster Plan envolvendo as cidades de Cachoeira, São Félix e Maragogipe para o desenvolvimento do turismo nesta região. Será um investimento na ordem de R$36.000,00 divididos entre as três cidades para viabilizar este projeto. Também, o prefeito assinou uma Carta de Anuência com uma Empresa da Itália para a criação de um Hotel Escola em nosso município onde irá formar profissionais que irão atuar na área do turismo. O plano de desenvolvimento do turismo busca também atrair para a Cachoeira a construção de um Resort a exemplo do que já está acontecendo na Ilha de Cajaíba, em São Francisco do Conde. As referidas intervenções gerarão ocupação, emprego e renda para o município.
Jornal O Guarany: O que significa para Cachoeira e região o Seminário Itinerário Cultural do Rio Paraguaçu realizado pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado?
Lourival Trindade: A partir do momento que mudou o foco para o reconhecimento da Cachoeira e São Félix como Patrimônio Cultural da Humanidade e passou-se a buscar um novo entendimento, segundo a orientação da UNESCO, passando a ter como foco a foz do Rio Paraguaçu, incluindo desta forma a cidade Maragogipe, a partir daí tornaram-se necessários maiores esclarecimentos e o seminário cumpriu o seu papel trazendo todo esse leque de informações e renovando as esperanças da população da região de ser contemplada com o reconhecimento com o Título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Jornal O Guarany: O que você pode dizer sobre a obrigatoriedade da instalação do Conselho de Cultura e de Turismo em Cachoeira?
Lourival Trindade:É importante porque o Conselho terá papel consultivo nas construções das políticas públicas tanto para a cultura quanto para o turismo, segundo o que determina a Lei Federal, com a participação tanto da sociedade civil organizada como das representações dos órgãos oficiais.
Jornal O Guarany: Quais, em seu entendimento, as grande dificuldades, os entraves que impedem o turismo de desenvolver-se em Cachoeira? O que a Secretaria vai fazer para sobrepor tal situação?
Lourival Trindade: O que vejo como grande dificuldade no desenvolvimento do turismo sustentável é o fato de o empresariado local não ter entendido que Cachoeira é uma cidade turística e por isso diferenciada, exigindo um tratamento mais profissional em todos os seus aspectos, no setor de hospedagem, da gastronomia, e em todas as áreas de prestação de serviço. Penso que esta é a maior dificuldade para o desenvolvimento. E que a indústria do turismo é a mais barata e mais rentável a médio e longo prazo. Podemos ter como exemplo a cidade de Lençóis onde a população e o empresariado local abraçaram o projeto turístico como vetor de crescimento da economia local.
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