segunda-feira, 8 de junho de 2009

Augusto Públio, Raimundo Rocha Pires e Edvaldo Brandão Correia lembrados como fortes expressões da política cachoeirana



No passado não muito distante, Cachoeira teve representatividade legítima na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal. Muitos ainda lembram e guardam na memória a figura simpática e acolhedora do saudoso deputado Augusto Públio Pereira, político de reconhecida expressão, médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Sempre residiu aqui na cidade mesmo quando foi eleito para a Assembléia Estadual Constituinte de 1935. Com o fim do Estado Novo, o Dr. Augusto Públio ingressou no Partido Social Democrático-PSD, sendo novamente eleito deputado para a Assembléia Constituinte de 1947 e reeleito para a 2ª. legislatura, de 1951-1954. O deputado Augusto Públio foi presidente da Assembléia Legislativa da Bahia durante três períodos sucessivos, em 1952, 1953, 1954. Em 1954, foi eleito deputado federal, pela legenda da Coligação Baiana, composta pelo Partido Social Democrático-PSD, Partido da Representação Popular-PRP e o Partido Libertador-PL, votação considerada uma das mais expressivas do Estado.
Augusto Públio construiu uma política de reconhecimento e de união de valores da Cachoeira, repercutindo grandemente no crescimento e na prosperidade da comunidade. Augusto Públio integra a lista de fundadores do Rotary Club Cachoeira/São Félix, clube do qual foi presidente sucessivas vezes.
Em 1958, Públio candidatou-se à reeleição para deputado federal, ficando na 1ª. suplência, pela legenda da Aliança Democrática Popular, formada pelo PSD e PRP.
O ilustre cachoeirano Augusto Públio retornou à Câmara Federal, no dia 29 de agosto de 1960, em substituição a Miguel Calmon Du Pin e Almeida. Nesse mesmo ano, exatamente o dia 26 de novembro de 1960, o deputado federal Augusto Públio faleceu vítima de incontrolável enfermidade, aos 53 anos de idade.
Sucedeu Augusto Públio na representatividade política da Cachoeira, junto aos Poderes Executivo e Legislativo do Estado, os deputados cachoeiranos Raimundo Rocha Pires (Pirinho,sanfelixta/cachoeirano) e Edvaldo Brandão Correia, ambos com destacada atuação no município e na região. Pirinho e Edvaldo Correia foram eleitos deputado durante cinco legislaturas consecutivas. No governo do Prof. Roberto Santos, Edvaldo Brandão foi o vice-governador. Pirinho e Edvaldo Brandão Correia tinham residências em Cachoeira e grupos políticos bem definidos, o com os quais se reuniam, todo fim de semana na residência de aliados considerados valores da comunidade, para tomada de decisões, estabelecimento de metas, para a indicação de seguidores a serem nomeados para cargos de confiança. Ambos reconhecidamente fortes, os grupos políticos liderados pelos saudosos deputados Raimundo Rocha Pires e Edvaldo Brandão Correio tinham a aprovação da população quase em igualdade de preferências. Um e outro faleceram muito cedo: Pirinho aos 60 anos e Edvaldo Brandão, 62. Ambos foram acometidos de males que ultrapassaram o controle da ciência Médica. Pirinho morreu de repente, vítima de um colapso cardíaco tão forte que não lhe permitiu a menor restauração de seus sinais vitais, mesmo tendo recebido integral assistência de socorro médico.
A Cachoeira, após Augusto Públio, Raimundo Rocha Pires e Edvaldo Brandão Correia, não identificou entre seus filhos, nem legítimo nem adotivo, aquele com perfil capaz de sucedê-los, com que asseguraria a continuidade da representação da Cidade Heróica e Monumento Nacional, na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal.
É preciso que agora, no início do século XXI, as diversas lideranças que integram os segmentos da sociedade local e que comandam o fluxo de desenvolvimento desta comunidade, identifiquem e apontem ao eleitorado aqueles que mais incorporam o perfil de um deputado estadual e de um deputado federal, para representar os interesses da comunidade nas esferas mais elevadas dos Poderes.

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