A grafia do substantivo “presidenta” é correta
Por Pedro Borges dos Anjos
Pesquisador sobre o Poder da Palavra
Nomes, termos e expressões
da língua Portuguesa ou de quaisquer outros idiomas, que surgem das necessidades
no decorrer dos anos, notadamente nos segmentos culturais, também os que se
estabelecem formalmente para sustentar opções, honrar princípios,
todos são corretos conforme instrui a Linguística. Não estão afetos a
formas instruídas pela gramática.
“Presidenta” não é nome subordinado a princípios ativos ou derivativos
verbais das estruturas instruídas pela gramática.
Sobre o assunto,
assim se expressa o Prof. Pasquale Neto, renomado mestre da língua Portuguesa.
"Que têm em comum
palavras como “pedinte”, “agente”, “fluente”, “gerente”, “caminhante”,
“dirigente” etc.? Não é difícil, é? O ponto em comum é a terminação “-nte”, de
origem latina. Essa terminação ocorre no particípio presente de verbos
portugueses, italianos, espanhóis…
Termos como
“presidente”, “dirigente”, “gerente”, entre inúmeros outros, são iguaizinhos
nas três línguas, que, é sempre bom lembrar, nasceram do mesmo ventre. E que
noção indica a terminação “-nte”? A de “agente”: gerente é quem gere,
presidente é quem preside, dirigente é quem dirige e assim por diante.
Normalmente essas
palavras têm forma fixa, isto é, são iguais para o masculino e para o feminino;
o que muda é o artigo (o/a gerente, o/a dirigente, o/a pagante, o/a pedinte).
Em alguns (raros) casos, o uso fixa como alternativas as formas exclusivamente
femininas, em que o “e” final dá lugar a um “a”. Um desses casos é o de
“parenta”, forma exclusivamente feminina e não obrigatória (pode-se dizer
“minha parente” ou “minha parenta”, por exemplo). Outro desses casos é
justamente o de “presidenta”: pode-se dizer “a presidente” ou “a presidenta”.
A esta altura alguém
talvez já esteja dizendo que, por ser a primeira presidente/a do Brasil, Dilma
Rousseff tem o direito de escolher. Sem dúvida nenhuma, ela tem esse e outros
direitos. Se ela disser que quer ser chamada de “presidenta”, que seja feita a
sua vontade -por que não?"

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