segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A queda de Carlos Amorim,
ex-superintendente do IPHAN na Bahia

Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany
Por Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany

O indigitado Carlos Amorim foi exonerado do cargo de superintendente do IPHAN na Bahia, no dia 15 de outubro recente.

Portador de perfil autoritário, Carlos Amorim humilhou a muitos, com sua postura de “faraó” cervídeo de aldeia do terceiro mundo.

 Arrogante, não recebia em seu gabinete gestores de segmentos importantes da cultura baiana nem de outras áreas da administração, com raríssimas exceções.

Sucessivas vezes, humilhou prefeitos, agentes e representantes de segmentos culturais, vereadores de cidades históricas, com audiências, em dia e hora antes agendadas, ocasião em que, de propósito, fazia aguardá-lo horas e horas, antes de autorizar a entrada. Outras vezes, sequer os recebia, situação em que designava subalternos para atuar em seu lugar.

Não recebia, em seu gabinete, sequer servidores do próprio Órgão, a não ser por sua determinação, alegando a superioridade hierárquica do cargo.

Curioso é que, servidores graduados, gente de expressão na área de suas especialidades, integrantes do mencionado Órgão do Minc, na Bahia, revestiram-se de igual perfil, para honrar a estrutura de submissão implantada pelo gestor, agora demitido.

Carlos Amorim construiu e comandou poderosa estrutura de engodo para humilhar e constranger proprietários de imóveis, nas localidades de preservação de bens tombados.

Useiro e vezeiro em denunciar proprietários de imóveis ao MP Federal, ante simples pintura em fachadas ou reformas, mesmo as mais imperceptíveis, sob a presunção de desfiguração ao patrimônio tombado, com que, em Cachoeira, por exemplo, usou submissos de suas ordens opressoras para constranger e humilhar cidadãs e cidadãos de bem, valores que verdadeiramente buscam preservar traços históricos em suas propriedades.

Há gestores, ao afastarem-se ou serem  afastados  de seus ofícios, deixam memórias de grandezas, de gestos bem medidos, outros, semelhantes ao indigitado, em referência, retiram-se deixando um memorial de constrangimentos, de prepotência, de geração de danos à vida dos cidadãos.

O Ministério da Cultura informa que o desligamento do superintendente do Iphan da Bahia, Carlos Amorim, se deve, exclusivamente, a uma avaliação crítica do seu trabalho. (o grifo é da Redação do Jornal O Guarany) Esta decisão foi tomada há mais de 30 dias.

Ainda bem, que as negociações com que o governo federal busca honrar suas relações com representantes de sua base aliada, incluiu aceitar fosse demitido o indigitado Carlos Amorim do cargo de superintendente do IPHAN na Bahia.








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