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sábado, 11 de janeiro de 2014

Morre aos 85 anos o ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon

 
Ariel Sharon sorri após uma coletiva de imprensa, em 2005 
(Foto: AFP) Jerusalém, 11 jan (EFE).

 Ariel Sharon, ex-primeiro-ministro de Israel e um dos políticos mais prestigiados e ao mesmo tempo controvertidos da história do país, faleceu neste sábado aos 85 anos, informou o hospital de Tel Aviv onde ele estava internado desde 2006.

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A saúde de Sharon, que estava em coma desde que sofreu um derrame cerebral, há oito anos, começou a se deteriorar há dois meses e meio, e nos últimos dias ele sofreu uma insuficiência renal que afetou vários de seus órgãos vitais.

No hospital permaneciam concentrados desde o começo do dia familiares e amigos tanto de sua época como militar como político. Seu filho Gilad Sharon agradeceu em um breve pronunciamento no hospital a todos os médicos e enfermeiros que cuidaram de seu pai durante os oito anos de internação tanto no hospital Tel Hashomer, de Tel Aviv, como no hospital Hadassah Ein Karem, em Jerusalém.

"Ele se foi quando decidiu", disse, antes de agradecer "a todas aquelas pessoas em Israel e de todo o mundo que se interessaram por seu estado de saúde".

Em foto de outubro de 1973, o então ministro da Defesa Moshe Dayan e o general Ariel Sharon, agredido na cabeça durante visita israelense a West Bank e Canal de Suez (Foto: AP)
 
Um dos mais próximos assessores de Sharon quando ele foi primeiro-ministro, Raanan Gissin, disse à Agência Efe horas antes do falecimento que "Sharon é a própria reencarnação de Israel em uma só pessoa desde 1948, e seu legado e influência abrangem desde o campo militar, passando pela política, a economia".
 
O ex-primeiro-ministro israelense viveu sempre em meio a controvérsia, desde seus dias como militar e ministro até chegar à chefia do Governo israelense, em 2001.

Sharon governou o país até 2006, e um ano antes de sofrer o derrame cerebral criou um novo partido, o Kadima, de centro-direita, com o qual promoveu a retirada de colonos e soldados israelenses de Gaza apesar da oposição interna em seu partido, o direitista Likud, hoje liderado por um de seus principais rivais, Benjamin Netanyahu.

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