Jerusalém,
11 jan (EFE).
Ariel Sharon, ex-primeiro-ministro de Israel e um dos
políticos mais prestigiados e ao mesmo tempo controvertidos da história
do país, faleceu neste sábado aos 85 anos, informou o hospital de Tel
Aviv onde ele estava internado desde 2006.
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A
saúde de Sharon, que estava em coma desde que sofreu um derrame
cerebral, há oito anos, começou a se deteriorar há dois meses e meio, e
nos últimos dias ele sofreu uma insuficiência renal que afetou vários de
seus órgãos vitais.
No hospital permaneciam concentrados desde o
começo do dia familiares e amigos tanto de sua época como militar como
político. Seu filho Gilad Sharon agradeceu em um breve pronunciamento no
hospital a todos os médicos e enfermeiros que cuidaram de seu pai
durante os oito anos de internação tanto no hospital Tel Hashomer, de
Tel Aviv, como no hospital Hadassah Ein Karem, em Jerusalém.
"Ele
se foi quando decidiu", disse, antes de agradecer "a todas aquelas
pessoas em Israel e de todo o mundo que se interessaram por seu estado
de saúde".
Um dos mais próximos assessores de Sharon quando ele foi
primeiro-ministro, Raanan Gissin, disse à Agência Efe horas antes do
falecimento que "Sharon é a própria reencarnação de Israel em uma só
pessoa desde 1948, e seu legado e influência abrangem desde o campo
militar, passando pela política, a economia".
O ex-primeiro-ministro
israelense viveu sempre em meio a controvérsia, desde seus dias como
militar e ministro até chegar à chefia do Governo israelense, em 2001.
Sharon
governou o país até 2006, e um ano antes de sofrer o derrame cerebral
criou um novo partido, o Kadima, de centro-direita, com o qual promoveu a
retirada de colonos e soldados israelenses de Gaza apesar da oposição
interna em seu partido, o direitista Likud, hoje liderado por um de seus
principais rivais, Benjamin Netanyahu.
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