Dilma, ao lado do antigo braço direito do carlismo
na Bahia e hoje ministro dos Transportes, Cesar Borges
– César Borges consolida a
participação do Partido da República na nossa coalizão de governo, o
que, para nós, é muito importante, e o faz de forma extremamente
qualificada. O PR é um partido que está conosco desde o dia em que o
grande brasileiro José Alencar concorreu à vice-presidência da República
em dobradinha com o ex-presidente Lula, o que nos levou à vitória nas
três eleições que se seguiram – afirmou Dilma durante discurso no
Palácio do Planalto.
Segundo a presidenta, Borges
terá, a partir de agora, a “desafiadora missão” de “transformar o Brasil
em um país moderno e eficiente, mais competitivo, cada vez mais justo e
desenvolvido”. Ela falou dos desafios na manutenção e duplicação de
rodovias e da ampliação da malha ferroviária do país. Dilma disse que o
Brasil nunca teve um “surto ferroviário”, a exemplo de países como os
Estados Unidos, a Inglaterra e a Índia, que tiveram seu desenvolvimento
baseado na expansão de ferrovias. “Um país que tem uma vocação para
produzir minério, para produzir, consumir e exportar grãos, é um país
que precisa de uma estrutura ferroviária que corte de Norte a Sul, de
Leste a Oeste.”
A presidenta também agradeceu o trabalho de Paulo Sérgio Passos,
que comandava o Ministério dos Transportes desde a saída de Alfredo
Nascimento (PR) em 2011. Ela encaminhará ainda hoje ao Senado a
indicação do nome de Passos para ocupar a diretoria-geral da Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Quero agradecer a Paulo
Sérgio Passos, a sua dedicação, sua competência e sua seriedade”, disse.
Rainha da Inglaterra
Logo após a posse do
ex-governador e ex-senador baiano no cargo de ministro dos Transportes, o
chamado fogo amigo entrou em ação. Informações possivelmente vazadas de
seu partido, o PR, e publicadas na coluna do jornalista Cláudio
Humberto revelam que Borges será o ministro de fato, mas quem terá a
palavra final será a ministra Miriam Belchior, do Planejamento. Na
coluna de Humberto consta que Borges “será pouco mais do que a rainha da
Inglaterra”. A presidente Dilma Rousseff o teria nomeado apenas para
constar que a pasta é do PR, na tentativa de acalmar o partido para
garantir seu retorno à base com vista às eleições de 2014. Abaixo as
duas notas da coluna.
O verdadeiro ministro de
Transportes seria mesmo Mirian Belchior, ministra do Planejamento e
gestora do PAC, quem despacha com o diretor-geral do DNIT, general Jorge
Ernesto Pinto Fraxe, e determina as obras no setor dos Transportes, que
andam devagar. Dilma teria concordado em devolver o Ministério dos
Transportes ao PR “sob a condição de manter a chave do cofre com a
ministra Mirian Belchior”, afirma o colunista.
Fonte: Correio do Brasil
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