segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Paralisação de servidores leva CGU a cancelar fiscalização em 36 cidades

Segundo sindicato, cerca de 1.200 analistas e técnicos cruzaram os braços.


A Controladoria-Geral da União divulgou nesta segunda-feira (13) uma lista de 36 municípios que deixaram de ser fiscalizados na semana passada por causa de uma paralisação dos servidores, em reivindicação por reajustes salariais. Segundo a Unacon Sindical, que representa a maior parte dos analistas e técnicos do órgão, cerca de 1.200 servidores (60% do efetivo) cruzaram os braços entre segunda e terça-feira da semana passada para protestar por um aumento de 22%.

A CGU, responsável pela fiscalização do governo federal, realiza todos os anos fiscalização de repasses para 60 municípios sorteados. Neste ano, o período para começar os trabalhos foi de 6 a 10 de agosto, nos mesmos dias em que os servidores pararam. Segundo a Unacom, a fiscalização nas 24 cidades restantes foi possível graças a "fura-greves" a "operações padrão", quando o trabalho é realizado de forma mais lenta.

Ainda na semana passada, os servidores da CGU anunciaram que poderiam iniciar greve geral a partir desta segunda (13). Os sindicalistas, no entanto, resolveram segurar o movimento até uma reunião com o Ministério do Planejamento, prevista para ocorrer até a semana que vem. Nesta terça, os servidores sindicalizados da CGU fazem reunião para ajustar os termos da negociação.

Diante da onda de paralisações que prejudicou vários serviços públicos na semana passada, o Planejamento marcou uma série de reuniões com os sindicatos nesta e na próxima semana. A rodada de negociações será conduzida pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Ele vai receber, de 13 a 27 de agosto, todos os sindicatos que representam servidores públicos federais.

Termina no dia 31 de agosto o prazo para incluir reajustes com pessoal no Projeto de Lei Orçamentária. Essa data limite gera “tensionamento” entre sindicatos e governo, avalia o ministério, porque qualquer aumento salarial negociado após 31 de agosto terá de aguardar o orçamento de 2014 para ser efetivado.

Pelas contas do governo, o gasto adicional na folha de pagamento caso as reinvindicações de todas as categorias de todos os poderes fossem atendidas – incluindo aumento salarial e reestruturação de carreiras – , seria de R$ 92,2 bilhões, o que equivale a 2% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Atualmente, a folha de pagamentos custa R$ 190 bilhões, valor que representa 4% do PIB. Os sindicalistas contestam esses números e alegam que o impacto seria bem menor.

As informações são do G1.

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