sábado, 9 de abril de 2011

RIO DE JANEIRO/RJ: IML



Parentes não foram ao IML para liberação de corpo de atirador

Caso ninguém reclame o corpo em 15 dias, ele será enterrado como indigente.

Folha.com

O corpo de Wellington Menezes de Oliveira, 23, atirador que matou 12 crianças em uma escola no Rio, permanece no IML (Instituto Médico Legal) neste sábado. Nenhum parente do rapaz compareceu ao local para fazer o reconhecimento. Caso ninguém reclame o corpo em 15 dias, ele será enterrado como indigente.

Ontem, a polícia prendeu dois suspeitos de terem vendido uma das armas --calibre 32-- usadas por Oliveira no massacre. Um deles, o chaveiro Charleston Souza de Lucena, 38, disse que foi procurado por ele em janeiro e que o atirador afirmou que precisava do revolver para se proteger.

O delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios do Rio, pediu a prisão preventiva de Lucena e de Izaías de Souza, 48, e, segundo a polícia, foi acatada pelo plantão do Tribunal de Justiça do Rio, durante a madrugada.

A polícia ainda não sabe como o atirador obteve o outro revólver, de calibre 38, com o qual efetuou a maioria dos disparos no massacre de quinta-feira.

Oliveria matou 12 estudantes durante o ataque a escola municipal Tasso da Silveira. Outros 12 alunos também ficaram feridos. Dez permanecem internados neste sábado, sendo alguns em estado grave. O atirador se matou após o massacre.

TIROS

A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira, após Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.

Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.

Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.

A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.

A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário