quarta-feira, 31 de março de 2010

ELEIÇÃO PROVOCA DEBANDADA DE MINISTROS DE LULA

Titulares de um terço das pastas deixam os cargos para se candidatar em outubro
Do R7, em Brasília, com Reuters
Um terço dos ministros escolhidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem deixar nesta quarta-feira (31) o governo para disputarem as eleições de outubro, três dias antes da data-limite da Justiça Eleitoral. Nesta quarta-feira (30), às 11h, Lula deve empossar os substitutos dos titulares, que devem ficar no cargo nos próximos nove meses.
Na cerimônia de posse, no Palácio do Itamaraty, o presidente deve ressaltar a importância em manter uma continuidade até o final do mandato, priorizando os secretários-executivos de cada ministério. Foi o que ocorreu na saída do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, o primeiro que deixou o governo em fevereiro e foi substituído por Luiz Paulo Barreto, então secretário-executivo da pasta. As trocas traçam um perfil mais técnico ao governo. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, prepara-se para deixar o cargo e concorrer à Presidência da República pelo PT. Erenice Guerra, secretária-executiva da pasta, é o nome mais provável para assumir as funções da pré-candidata.
Além de Dilma, também devem sair os ministros Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Reinhold Stephanes (Agricultura), Carlos Minc (Meio Ambiente), José Pimentel (Previdência Social), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome); Edison Lobão (Minas e Energia), Hélio Costa (Comunicações), Alfredo Nascimento (Transportes) e Édson Santos (Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial).
Nesta terça (30), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pediu mais 24 horas para decidir se deixa o governo. Após reunião com Lula, Meirelles disse que o presidente pediu que ele ficasse até o final do mandato.
Fontes do Palácio informaram que somente Lula e Dilma devem discursar amanhã. As exonerações e as nomeações devem ser publicadas no diário oficial da próxima quinta-feira, com data do dia 31.
O perfil do novo ministério deve ser mais técnico. Mas há discussões em curso que apontam embates entre indicações políticas e funcionários de carreira. O PMDB é uma das legendas que pressionam para manter o poderio nos ministérios que possui, como em Minas e Energia, Integração Nacional, Comunicações e Agricultura.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário