Saudade,
Jair Rodrigues!
Paiva Netto*
Na quinta-feira, 8/5, retornou, aos
75 anos, à Pátria Espiritual, o renomado cantor Jair Rodrigues.
Grande amigo nosso, participava
sempre das ações caritativas da LBV, contagiando-nos com sua marcante alegria.
No dia seguinte, durante a
cerimônia que reuniu familiares, amigos e fãs para lhe prestar as últimas
homenagens, o Coral Ecumênico Boa Vontade, formado por jovens da LBV, apresentou
também seu tributo, interpretando a música “Disparada”, um dos maiores sucessos
do cantor.
Aos queridos cantores e músicos
Luciana Mello e Jair Oliveira, seus filhos, à sua amada esposa, Clodine, aos
demais familiares e amigos, a nossa solidariedade.
ATÉ QUANDO CATIVOS?
Domingo
próximo, 18/5, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes. Trata-se do cumprimento da Lei 9.970, de maio
de 2000.
Segundo o
Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual de Crianças e
Adolescentes, “a data é uma lembrança a toda a sociedade brasileira sobre a
menina sequestrada em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Sanches, então com 8
anos, quando foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma
tradicional família capixaba. Muita gente acompanhou o desenrolar do caso,
poucos, entretanto, foram capazes de denunciar o acontecido”.
Já se
passaram 41 anos desse lamentável episódio! É verdade que muitas louváveis
iniciativas pelo país se empenham para evitar novas Aracelis. Contudo, até
agora, não foi possível impedir que outras vítimas surjam a cada dia.
O brado renovado
aqui é que a sociedade e seus órgãos constituídos jamais fechem seus olhos para
tamanha calamidade. Esse “seriado” horripilante, cujas temporadas prosseguem ininterruptas
e ainda sem data de término, não é uma ficção. A realidade de dramas
inumeráveis continua clamando por mais segurança, bom senso, atitudes
preventivas, justiça e caridade de todos nós.
E nada
melhor do que abordamos esse horror no ensejo da celebração da Lei Áurea no
Brasil, 13/5. Enquanto um só indivíduo, independente de sua etnia — seja
criança, adolescente, jovem, adulto, idoso, mulher, homem —, sofrer qualquer
tipo de violação de seus direitos de cidadania, vivenciaremos um estado de cativeiro.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e
escritor.


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