Entrevista
Com
o novo juiz da comarca da Cachoeira
Por Tássio Santos, estagiário.
Ouvido
pela Reportagem do Jornal O Guarany, o novo juiz da Comarca da Cachoeira, Dr.
Gustavo Teles, expôs seu plano para julgar os processos que permanecem há muito
tempo nos arquivos dos Cartórios do Fórum Teixeira de Freitas sem tramitação.
Quem
é o novo juiz:
Nascido no Piauí e criado no
estado do Ceará, o Dr. Gustavo Teles, atualmente, mora na Bahia, com sua
família. Desde novembro de 2012, o Dr.
Gustavo Teles é juiz de Direito. Antes do TJ/BA designá-lo para Cachoeira,
exerceu a magistratura em Buerarema, durante três meses, sua primeira
experiência como juiz.
Até a realização desta
entrevista, o Dr. Gustavo Teles ainda não havia ocupado a residência oficial
destinada ao Juiz da Comarca, localizada na Praça Ubaldino de Assis, no Jardim
Grande, optando por hospedar-se num apart-hotel, na cidade. Assegurou que, nos
primeiros meses, pretende organizar todos os processos e estabelecer
prioridades para resolvê-los. “Alguns processos merecem atenção especial”,
afirma o juiz. Os casos de mais urgência, como alimentação e delitos, vão ser
resolvidos primeiro para dar uma sensação de alívio e segurança aos
cachoeiranos.
Entrevista:
O
Guarany: A criminalidade em Cachoeira se multiplicou assustadoramente nos anos
mais recentes, com sucessivos assaltos à mão armada, roubos, furtos,
assassinatos, reconhecidamente procedentes e praticados por marginais do
tráfico e usuários de drogas. O senhor tem planos para contribuir com o combate
à criminalidade dessa natureza? Quais são?
Juiz: Creio que a criminalidade na região tem
ligação com o tráfico de drogas, que por sua vez abre a oportunidade para
outros tipos de crime. Vou também priorizar esses processos para dar uma
sensação de justiça na cidade.
O
Guarany: Há pouco tempo, a Polícia Civil da Cachoeira, teve como titular, o
delegado Laurindo Neto, o qual agiu com muito rigor, com mão de ferro,
combatendo traficantes, homicidas, latrocidas, tendo desmantelado uma das mais
fortes estruturas do tráfico de drogas na região, sediada em Cachoeira, medidas
que culminaram com a prisão de inúmeros marginais de alta periculosidade,
inclusive do famoso fundador e dirigente do PCI, o marginal assaltante e chefe
do tráfico na região, o Júnior, que cumpre pena na Penitenciária Lemos Brito, na
capital. Comenta-se que a remoção do mencionado delegado para a cidade de
Tucano, se deu devido a excessos de sua autoridade, ao abordar civis, cidadãos
de bem, fazendo-os a passar por constrangimentos ao serem abordados. Que
relação o novo juiz propõe manter com o atual delegado, com que possa
prosseguir no combate à marginalidade?
Juiz: Devido a minha chagada recente, ainda não tive oportunidade de conhecer o delegado, mas pretendo encontrá-lo, inclusive para conhecer a estrutura da delegacia. Também creio que quanto mais laços estabelecidos entre Ministério Público, Polícia, OAB, melhor para o fortalecimento da segurança no município.
Juiz: Devido a minha chagada recente, ainda não tive oportunidade de conhecer o delegado, mas pretendo encontrá-lo, inclusive para conhecer a estrutura da delegacia. Também creio que quanto mais laços estabelecidos entre Ministério Público, Polícia, OAB, melhor para o fortalecimento da segurança no município.
O
Guarany: No período em que a juíza Janaína permaneceu na Comarca da Cachoeira,
ocupava-se quase que exclusivamente em atender ao expediente da Vara Crime, sua
especialidade. Raramente procedia ao julgamento de processos da Vara Cível. A
Reportagem do Jornal O Guarany tem informações que durante o período de
permanência da magistrada designada para Vara Crime, o número de marginais
soltos excede muito mais ao número de condenados à prisão. Eles são os mesmos
que prosseguem assaltando, traficando drogas, assassinando, comandando o crime
na cidade e região. Enquanto eles tiveram o privilégio da soltura, causas de
homens de bem, de cidadãos reconhecidamente de caráter, permanecem padecendo
sem tramitação no cartório cível do Fórum Teixeira de Freitas. O senhor tem
planos para corrigir esta flagrante anomalia?
Juiz: Não tenho conhecimento dessas informações
sobre a juíza, pelo contrário, soube que
a colega fez um trabalho muito importante na região. E sobre as prisões, estou mais preocupado em conhecer o contexto
em que o criminoso está inserido, entender o que leva ao crime e corrigir a
situação. Creio que a população sinta mais segurança quando sabe que o
criminoso está preso.
O
Guarany: Para finalizar, que mensagem o senhor gostaria de deixar para os
segmentos organizados da comunidade da Cachoeira, e para o povo em geral?
Juiz: Primeiro eu queria agradecer pela receptividade
que tive e continuo tendo. Também quero dizer que, enquanto eu for juiz, não
vai faltar motivação e dedicação para tentar dar uma vazão a esses processos no
judiciário de Cachoeira.
*Tássio Santos é universitário do curso de
Jornalismo do CAHL/UFRB
Estagiário do Jornal O Guarany
Estagiário do Jornal O Guarany

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