'Só
médico não basta, precisa haver infraestrutura', diz médica cubana
Foto: Nathalia Passarinho / G1
Para
a médica cubana Ramona Rodriguez, que deixou o Mais Médicos no último
sábado (1º), o programa não resolve os problemas de saúde pública no
país, pois falta estrutura nos hospitais e postos para onde foram
enviados. A médica disse que em Pacajá (PA), onde trabalhava, não havia
instrumentos e remédios necessários para atender a população
adequadamente. "É preciso medicação, instrumentos. Isso faltava, o que
dificultava muito o nosso trabalho", afirmou ao G1 nesta quinta-feira
(6). Ramona criticou, ainda, o formato do programa. . "Acho que Brasil
precisa de mais médicos, mas só isso não basta. Tem que ter
infraestrutura que permita ao profissional da saúde fazer o atendimento.
Não é só com a palavra, com as mãos, que se pode curar o outro", disse.
A cubana relatou, ainda, que tinha restrição de liberdade quando estava
em Pacajá, e que devia informar a um supervisor qualquer amigo ou
relação mais séria que tivesse, além de precisar de autorização para
passear pela cidade ou sair do município. Ela também teme pela
família,que ficou em Cuba, e diz que não pode mais voltar ao país.
"Quero trabalhar para ganhar a vida. Se eu voltar a Cuba vou ser presa.
Prisão perpétua talvez. Por falar demais”, disse.
Fonte: Bahia Notícias.
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