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domingo, 5 de janeiro de 2014

Décimo Oitavo Capítulo
do livro Maçonaria Glebiana - Memórias do Império das Trevas

Loja Maçônica Caridade e Segredo

Sede: Rua Benjamin Constant, No. 01 - Centro




Menciono, escolhido entre muitos, fato da mais absoluta prova da ação diabólica-luciferiana, que domina e sustenta  a atmosfera de  cizânias e da anti-fraternidade na Loja Maçônica Caridade e Segredo, da obediência da Maçonaria Glebiana, da qual seus membros são  seguidores cativos. Destaquei apenas um fato praticado por sua alta direção, e, obedecido sem a menor manifestação do raciocínio crítico de seus membros, com que fica provado serem todos, conscientes ou inconscientemente, escravos da Programação Monarca implantada na Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia e determinada sua execução em todas as unidades maçônicas de sua jurisdição.
Antes, cumpre relatar de que se trata de uma das mais antigas unidades maçônicas do estado da Bahia, quase sesquicentenária, fundada no dia 30 de agosto de 1878.  No ano de 2013, 135 anos de fundada. Fica localizada na cidade histórica da Cachoeira, no estado da Bahia.
Eis o fato:
Manoel Nonato Borges Júnior, aprendiz maçom, numa sessão cujo clima se revestia de manifesta discórdia entre o venerável que a presidia  e o venerável  de honra Rogério Almeida, este, para evitar que o clima, como o diabo gosta,  não  acirrasse ainda mais, pediu cobertura do templo, isto é, solicitou permissão para deixar o templo, conforme instruem as solenidades maçônicas. Em solidariedade, o aprendiz Manoel Nonato Borges Júnior também pediu cobertura do templo para acompanhar o seu padrinho. Manoel Júnior devia algumas mensalidades à Loja. Passou a freqüentar a Loja Maçônica Aliança Universal, situada na vizinha cidade de São Félix/BA. Passado alguns meses, quanto tudo lhe parecia tranqüilo, retornou a sua Loja Caridade e Segredo, mas foi impedido de ter ingresso ao templo, por ordem do venerável, sob a alegação de que o referido aprendiz estava inadimplente. O ingresso ao templo só seria permitido depois que quitasse a pendência integralmente. Interferi-me, argumentando que a falta de pagamento de mensalidades não devia ser motivo para se impedir a um irmão adentrar ao templo a fim de receber as instruções com que pudesse qualificar-se aos graus subseqüentes da Ordem Maçônica.
Cheguei, por minha conta, a pagar dois meses em nome do irmão inadimplente, com que lhe fosse permitido  vir na sessão seguinte, e, pouco a pouco, ir quitando sua pendência com a tesouraria da Loja. O tesoureiro recebeu, todavia, na sessão seguinte, devolveu-me a importância, por ordem do venerável Antônio Pina dos Santos, com o recado de que ao irmão inadimplente só seria permitido o ingresso ao templo depois que quitasse o débito integralmente.

Mesmo sem freqüentar, o irmão Manoel Nonato Borges Júnior vinha quitando em parcelas o seu débito. 
Ele sofreu terrível constrangimento ante a determinação ditatorial do venerável da Loja em impedir-lhe o ingresso ao templo. Meses seguintes, o jovem Manoel Nonato Borges Júnior adoeceu, ficou gravemente enfermo. Fui avisado por seu padrinho, responsável pela sua indicação para ingressar na maçonaria, ex-venerável Rogério Almeida. Logo, no dia seguinte, fui fazer-lhe uma visita no Hospital da Santa Casa de São Félix. Ele, ao ver-me, estirou a mão e cumprimentou-me dando o sinal de maçom. Busquei manter um diálogo com que ele pudesse animar-se e falar sobre a maçonaria. Disse-me ele mais ou menos as seguintes expressões, as quais reproduzo de acordo com minhas próprias emoções, profundamente decepcionado: “professor, meu estado é grave. A humilhação que passei na Loja Maçônica Caridade e Segredo não me sai da cabeça. Até chego a sonhar. Quando acordo, a humilhação está presente.
Não tenho mais forças para resistir a enfermidade que me debilita, pois, a minha mente se ocupa exclusivamente das humilhações que passei lá." Busquei confortá-lo, mas tomado por terrível dor de  vê-lo já nos seus últimos momentos, despedi-me dele e saí.  Uma semana depois, ele faleceu. Fui ao funeral. A cerimônia fúnebre foi na Câmara Municipal de São Félix. A Loja Maçônica Aliança Universal de São Félix negou prestar-lhe cerimônia fúnebre. Procurada, a Mesa Diretora da Loja, orientada pelo delegado distrital, negou permissão à família para que o corpo do irmão extinto fosse velado no salão nobre da mencionada unidade maçônica. A direção da Loja não estava lá, nem a de São Félix nem a de Cachoeira. Além de mim, apenas dois irmãos maçons acompanharam o cortejo fúnebre do jovem Manoel Nonato Borges Júnior, os quais foram por suas próprias iniciativas, mas não como representantes de suas lojas maçônicas. Razão por que publiquei no Jornal O Guarany, do qual sou o editor-chefe, a seguinte nota fúnebre:




 Faleceu Manoel Nonato Borges Júnior
"Faleceu nesta madrugada de domingo, 05/08/2012, em Salvador, o jovem Manoel Nonato Borges Júnior, membro de tradicional família sanfelixta. Integrante da maçonaria, do quadro da Loja Maçônica Caridade e Segredo, em Cachoeira, há cinco anos vinha sofrendo  intolerável humilhação e constrangimento perpetrados pela alta direção da referida Instituição Maçônica, revelou, à Reportagem do Jornal O Guarany, ao ser visitado. Revelou também que o constrangimento por que passava lhe vinha gerando flagrantes danos morais e financeiros, cujos efeitos debilitavam sua estrutura de resistência à enfermidade que se manifestava em seu corpo. Manoel Nonato Borges Júnior teve recentemente sua saúde profundamente agravada, ficou depressivo, com que sua fragilidade física era visível, em consequência do que veio a óbito. O corpo do extinto foi velado na Câmara Municipal de São Félix, de onde saiu  o féretro para sepultamento no cemitério local, no dia seguinte, às 10h da manhã."
Denunciei o fato na Câmara Municipal de São Félix, no dia 27/08/2012, representando o Rotary Clube, juntamente com a então presidente Úrsula Miranda dos Santos. Em seguida, postei na versão on-line do Jornal O Guarany, a nota que segue:


Rotary Club na Câmara Municipal

Presidente e vereadores na sessão da Câmara
Em sua sessão ordinária, de segunda-feira, a Câmara de Vereadores de São Félix recebeu, no dia 27/08/2012, às 18h30min, comitiva do Rotary Club Cachoeira São Félix, composta pelos rotarianos  Prof. Pedro Borges,  Arivalda Almeida e o rotariano licenciado Alvaro Waldy Borges, tendo à frente a presidente Úrsula Miranda dos Santos.

Úrsula Miranda
Após o cerimonial de abertura da sessão, o presidente Tácito Luttigards convidou a presidente Úrsula Miranda para usar da palavra na Tribuna Livre, a qual expôs o perfil histórico do Rotary, destacando que na sua fase inicial e seguinte, a instituição teve em seu quadro diversos valores da sociedade sanfelixta, citando os saudosos rotarianos Dr. Agnaldo Sampaio, Dr. Ranulpho Oliveira, Humberto Alves, Manoel Nonato Borges e Manoel Nonato Borges Júnior, etc., mas atualmente, o clube não tem em seu quadro nenhum sócio desta cidade. 
Pediu aos vereadores incentivar cidadãs e cidadãos sanfelixtas a integrarem o quadro de associados do referido clube de serviço, com que possa dar prosseguimento a materialização de projetos sociais nas duas comunidades, recomendados pelo Rotary Internacional.
 
Sucedeu a presidente Úrsula Miranda na Tribuna do Orador, o Prof. Pedro Borges, em cujo pronunciamento, revelou o significado da prova quádrupla do Rotary Internacional, e, na sequência, em nome do Rotary, prestou homenagem póstuma ao saudoso rotariano Manoel Nonato Borges, falecido há anos, e ao filho Manoel Nonato Borges Júnior, falecido recentemente, ocasião em que fez a denúncia acima mencionada.

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