REGULARIDADE MAÇÔNICA
Por Pedro Borges dos Anjos
MM
Nem
códigos nem Atos de qualquer autoridade maçônica têm o poder de retirar
do maçom a sua regularidade. A regularidade é conferida pelo processo
iniciático. Quem quer que passe pelo processo da iniciação maçônica é
ungido de poderes irrevogáveis e reconhecido por quantos passaram e
receberam a mesma unção em qualquer parte do mundo, ante a soberania de
sua universalidade. Compromissos
dessa natureza, desse alcance, dessa dignidade, nenhuma autoridade,
nenhum grão mestre, nenhuma assembléia de Loja, de Grande Loja ou de
Grande Oriente de quaisquer potências maçônicas tem o poder de
revogá-los. É na solenidade da iniciação e nas sucessivas que o
candidato é investido na unção da sua regularidade maçônica através de
cerimônias em que predomina o discurso perlocutório.
As
instruções maçônicas não são determinações impostas por mestres,
veneráveis ou grão-mestres para serem cumpridas sob a venda que impede a
visão, como se os maçons fossem discípulos cegos, que vivem nas trevas
da ignorância, impedidos de manifestar a sua capacidade de homens livres
e de bons costumes. Contrariando
princípios fundamentais da Ordem Maçônica, desfigurando o direito
inalienável que os maçons têm de visitar toda e qualquer loja maçônica,
conforme instrui o Landmark No. 14, que integra a Carta Magna da
Maçonaria Universal, na Bahia, o grão-mestre Itamar Assis Santos
decretou a irregularidade, suspendendo por Ato de sua autoridade, os
direitos maçônicos de irmãos que participaram das solenidades em
comemoração ao Dia do Maçom, em agosto de 2011, em uma das lojas da
obediência da Grande Maçonaria Mista do Estado da Bahia, na cidade de
Feira de Santana.
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| FORA ESPÚRIAS!!! |
Alega no Ato punitivo que a Grande Maçonaria Mista do Estado da Bahia é “espúria.” Procedeu de forma semelhante com a Ordem dos Cavaleiros Maçons Elus Cohens do Universo, do Estado de Rondônia. É
manifesta imprudência do senhor Itamar Assis Santos tachar de espúria
organização maçônica formalizada e instalada segundo as solenidades das
Leis brasileiras em integral obediência aos princípios fundamentais da
Maçonaria Universal. Seus integrantes são pessoas de reconhecido
caráter, cidadãs e cidadãos de bem, pais de família exemplares e
referências na comunidade. O
“sereníssimo” ignorou o acordo maçônico internacional de Estrasburgo
sobre a queda do Landmark No. 18 que impedia a iniciação de mulheres e
de portadores de deficiência física na Ordem Maçônica, tendo em vista as
Cartas Magnas das nações dos países democráticos que igualam em
direitos homens e mulheres.
Na minha visão "organização espúria"
é o "jogo do bicho", são "as casas de prostituição" e tantas outras
contravenções que desafiam nossas autoridades, que nos desafiam, nunca
irmãos maçons, cidadãos de bem que tiram o sustento e constroem o
patrimônio familiar em negócios lícitos, e no exercício de profissões
honrosas e dignas, como são todos quantos integram a Grande Maçonaria
Mista do Estado da Bahia, sediada em Feira de Santana e os da Ordem dos
Cavaleiros Maçons Elus Cohens do Universo, do Estado de Rondônia,
sediada em Porto Velho, a capital. É um ultraje dizer que eles pertencem
a uma organização espúria. O
Grão-Mestre, fosse verdadeiramente comprometido e fiel aos princípios
fundamentais e morais da Maçonaria Universal, exerceria sua autoridade
com rigor para punir maçons adúlteros, com a suspensão dos direitos
maçônicos e até com a exclusão, e com igual pena a todo e qualquer maçom
envolvido com instituições da contravenção e os que mantenham
relacionamento amoroso ilícito.
O
verdadeiro maçom é livre e de bons costumes. Reconhece e é reconhecido
por todos seus irmãos em qualquer parte do mundo. O segredo da
identificação é universal, independente das línguas que se fala em cada
país. Não é um Ato arbitrário, nem quaisquer outros, que têm o poder de
alterar-lhe a prerrogativa. Tudo o
que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada
façam. Os maus triunfam em meio aos homens de bem quando estes os
aplaudem ou optam por concordar ou silenciar sobre seus atos
arbitrários.



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