Paiva Netto
No Escritório da ONU em Genebra, Suíça,
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Preparei um documento, publicado na
revista “Boa Vontade Desenvolvimento Sustentável”, para saudar os operosos
signatários dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, chefes de Estado
e de Governo, representantes das agências internacionais, do setor privado e da
sociedade civil. Em sua abertura, ressalto que, juntos, estamos em mais esse
esforço — trazendo a nossa humilde contribuição e apoio — em favor de um futuro
melhor, no qual todos tenham acesso a uma existência merecidamente digna e
igualitária em deveres e direitos. Passos importantes foram empreendidos e
conquistados, porém, resta muito a fazer para que possamos vivenciar a
cidadania concedida a nós pela vida em comunidade, comunidade solidária global,
a qual costumo dar o nome de Cidadania Ecumênica. E a nossa ferramenta para
erigir o Cidadão Ecumênico é algo de que não podemos abrir mão: o espírito
universalista, cujo instrumental é a Solidariedade, iluminando mentes e
sentimentos. O Cidadão Ecumênico é aquele que não perde tempo conflitando
intolerantemente com os demais — porque estes não têm o mesmo pensamento
social, político, religioso, ou não pertencem à mesma cultura ou etnia —, mas
que junta forças para diminuir a avassaladora carência que afeta comunidades,
multidões ou uma única pessoa. (...)
A pauta este ano debaterá “Ciência,
Tecnologia e Inovação, e o potencial da cultura na promoção do desenvolvimento
sustentável”.
PAZ E ENTENDIMENTO ENTRE OS POVOS
Ainda me dirigindo aos que se reúnem
na ONU, em Genebra, comentei que sempre defendi e fiz constar em artigos, na
imprensa e na internet: não há limites para a solidária expansão do Capital de Deus:
o ser humano com o seu Espírito Eterno.
Portanto, a melhor tecnologia a ser
desenvolvida nestes tempos de globalização desenfreada é a do conhecimento de
nós mesmos. É superior a qualquer descoberta tecnológica, pois tem o poder de
impedir que o indivíduo (informatizado ou não) caia de vez no sofrimento por
ter desabado na barbárie mais completa.
Sem o sentido de Fraternidade
Ecumênica, acabaríamos com o planeta, mantendo nossos cérebros brilhantes, mas
os corações opacos. A almejada reforma da sociedade não virá em sua plenitude
se o Espírito do cidadão (ou cidadã) não for levado em alta conta. (...) O
mundo precisa de progresso, sim e sempre, que lhe dê pão e estudo; todavia,
necessita igualmente do indispensável alimento do Amor e, por conseguinte, do
respeito.
José de
Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
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