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Tribunal de Justiça da Bahia ignora ausência de juiz para a Vara Cível na Comarca da Cachoeira
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| Fórum Teixeira de Freitas da Cidade
da Cachoeira |
Há anos, a Comarca da Cachoeira vem sendo servida por
magistrados substitutos, desde a remoção do juiz Alberto Raimundo dos Santos
para a capital. Aí já se vão 10 anos. Em 2010, o TJ resolveu designar duas
juízas, uma para o expediente da cível outra para o da Vara Crime, mas logo, em
seguida, removeu a da Vara Cível para a Comarca de Candeias, antes mesmo que a
referida magistrada elaborasse um plano
para julgar o enorme número de processos arquivados no cartório da mencionada
especialidade. A magistrada, em
referência, além do pouco tempo de permanência na cidade, teve períodos de
férias e licenças sucessivas para tratamento de saúde. Permanece a magistrada
da Vara Crime, a Dra. Janaína Medeiros, a qual também responde pela Comarca de
Santo Amaro, sem que lhe reste tempo bastante com que possa desobstruir o
grande número de processos pendentes de julgamento, em ambas as Varas.
Prejudicados, advogados militantes na comarca,
clientes, segmentos sociais, formalizaram pleitos às autoridades do Tribunal de
Justiça e ao governador do Estado, buscando a solução para a mencionada
pendência.
Mais recentemente, o advogado Nélson Aragão Filho vem
liderando um movimento, desta vez, mais forte, reclamando o manifesto desapreço
do Tribunal de Justiça da Bahia para com a Comarca da Cachoeira. Mesmo com o
integral apoio do chefe do Executivo municipal, da Câmara de Vereadores e de
todos os segmentos representativos da comunidade cachoeirana, as manifestações
de protestos não sensibilizaram as autoridades do TJ, não alcançaram êxito.
Ao contrário, parece que em represália à manifestação feita
ultimamente, em atmosfera de manifesta revolta, embora ordeiramente, o TJ designou
mais um juiz para a Comarca de São Félix, onde o expediente, tanto o da Vara
Cível quanto o da Vara Crime, já havia sido integralmente desobstruído, pelo
atual juiz titular.
Vale ressaltar que São Félix tem uma população de
menos de 17 mil habitantes, e, na inteligência do TJ comporta dois magistrados,
enquanto que Cachoeira tem o dobro da mencionada população, com apenas uma
juíza para responder pelas duas varas, além de deslocar-se semanalmente para
dar expediente na Comarca de Santo Amaro da Purificação.
Clientes e advogados se sentem afrontados com posturas
dessa natureza, atmosfera que se agrava ainda mais, quando inadvertidamente ou
por influências “poderosas”, determinam-se audiências para dar andamento a
processos bem recentes, ignorando tantos outros de anos anteriores que prosseguem
sem tramitação, alguns expondo
extrema gravidade nas relações entre cidadãos e Instituições, inclusive com
ameaças de morte e flagrantes ofensas à Carta Magna da Nação, sem que nem
promotores nem juízes enxerguem o tamanho dos danos que tais posturas causam às vítimas.
Em sua edição do dia 16/05/2013, o Jornal A Tarde
publicou a entrevista que a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de
Justiça, concedeu ao programa
“Bahia Notícias no
Ar”, da Emissora Rádio
Tudo FM, de
Salvador, assegurando que somente
uma intervenção do Conselho Nacional de Justiça no TJ/BA, pode resolver os
problemas que, segundo ela, existem na sua estrutura gestora, ocasião em
que acusou o Poder Judiciário da Bahia
de ineficiente e imóvel.


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