Moradores das Malvinas lamentam morte de sua libertadora Thatcher
Por Hilary Burke
BUENOS AIRES, 8 Abr
(Reuters) - O chefe da Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas disse
que a morte de Margaret Thatcher representa um dia de grande tristeza
para os moradores da ilha, que sempre a reverenciaram por ter libertado o
território no Atlântico Sul após a invasão de forças argentinas em
1982.
Outro morador local a considerou "nossa Winston Churchill".
Thatcher enviou uma força-tarefa para recuperar as ilhas, em uma operação que ela considerou um dos triunfos de seu governo.
A Argentina ainda exige a soberania das ilhas e, no ano passado,
intensificou sua retórica contra a Grã-Bretanha. Em um referendo em
março os moradores das Malvinas, também chamadas de Falkland, votaram
por esmagadora maioria para continuarem sob o controle britânico.
"Não há absolutamente nenhuma dúvida de que a sra. Thatcher teve
um sentimento especial pelas ilhas, ela liderou uma retomada muito
difícil das ilhas, ela ficou muito feliz por ter restaurado a liberdade
para o povo das Ilhas Falkland e as Falkland sempre estiveram no seu
coração", disse à Reuters Mike Summers, presidente da Assembleia
Legislativa das Malvinas, de oito membros, por telefone desde Port
Stanley.
"Ela é uma pessoa muito reverenciada nas Falkland por liderar o
nosso retorno à liberdade em 1982, e vai ser um dia de grande tristeza
para as Ilhas Falkland".
Bandeiras foram hasteadas a meio mastro na Malvinas assim que se
soube da morte de Thatcher, aos 87 anos, nesta segunda-feira. Summers
disse que uma homenagem será realizada, mas não disse quando.
Summers, que se encontrou várias vezes com Thatcher, acrescentou:
"Ela era uma mulher muito forte e uma política muito forte, muito clara
e muito decisiva."
Continuação...
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