Festa literária movimenta turismo em Cachoeira.
Tombado como monumento nacional, o município de Cachoeira, localizado a 120 km de Salvador, tem como atrativo, além dos aspectos históricos, culturais e da beleza natural, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece desta quarta-feira, 17, a domingo, 21, em sua segunda edição.
O evento é gratuito e acontece no Conjunto do Carmo, contando com uma programação diversificada para os amantes da literatura, com mesas de debates com escritores nacionais e internacionais, além de atrações musicais, na Praça da Aclamação e no espaço cultural Varanda do Sesi, localizado dentro do museu do Iphan, no centro da cidade.
Bahia da Literatura - Mais do que inserir a Bahia no calendário de festas literárias, o evento tem como objetivo levar investimentos para a cidade, fazendo de Cachoeira um destino turístico e aproximar o público dos autores. "Na Bahia, não havia festa literária. Chegamos na segunda edição, priorizando o encontro do autor com o seu público", explica Emmanuel Mirdad, um dos organizadores da Flica e sócio-diretor da Putzgrillo! Cultura. "É o momento de celebrar a literatura", define a festa.
Para Wesley Moreira, diretor de Serviços Turísticos da Bahiatursa, que apoia o evento, além da sua importância artístico-cultural, pelo conteúdo e programação, a Flica é geradora de fluxo turístico para Cachoeira e cidades vizinhas. "É importante que possamos mostrar para o País e para o mundo uma outra imagem da Bahia também. A Bahia da literatura", explica. Esse aspecto também é destacado por Mirdad. "É preciso inverter o fluxo e fazer com que as pessoas venham para o estado também para ver cultura e não apenas para o Carnaval", declara.
Destaques - Dentre os convidados desta edição, estão o autor espanhol Javier Moro, a romancista portuguesa Inês Pedrosa, o escritor angolano José Eduardo Agualusa e o nigeriano Uzodinma Iweala, dentre outros.
Os centenários dos escritores Jorge Amado e Nelson Rodrigues recebem homenagens, com mesas especiais, com destaque para a participação de Sonia Rodrigues, filha de Nelson Rodrigues. Outra novidade deste ano é o diálogo entre autores baianos com estrangeiros, como na mesa A Diáspora e seu Avesso, com a participação do baiano João José Reis e do togolês Kangni Alem.
Abrem o evento Xico Sá e Marcia Tiburi, com a mesa que tem como tema Literatura - Introspecção ou Exibicionismo?, nesta quarta, às 19h.
Com informações do A Tarde.

A FLICA já é uma realidade para pesquisas futuras: revistas, ensaios, críticas, monografias, etc. E mais: é preciso apontar a importância dos escritores da região (Cahoeira, Maragojipe, São Félix, etc.)como forma de evidenciar ainda mais a literatura baiana tão esquecida pelas autoridades e pela juventude local. Nomes como João de Moraes, Crispim Quirino, Damário Dacruz,Ronne Bonn, dentre outros deveriam ser evidenciados atualmente na Flica. Sem falar dos nomes de Osvaldo Sá, Castro Alves; mártires maiores. Isso para "açúcará" mais ainda o debate a respeito da literatura do Recôncavo.
ResponderExcluirCrispim Quirino
Felicidades a todos e ao evento.