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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

HONDURAS: Fracassa saída de Manuel Zelaya para o México

Governo golpista de Honduras negou salvo-conduto para o presidente deposto
do R7, com agências
Edgard Garrido/REUTERS 
Foto por Edgard Garrido/REUTERS 
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, fala a jornalistas na Embaixada do Brasil
A tentativa de saída do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, para o México fracassou poucas horas depois de anunciada, nesta quarta-feira (9). O motivo foi a negativa do governo golpista de Honduras de conceder um salvo-conduto para que Zelaya deixasse o país como convidado do presidente mexicano, Felipe Calderón.
Para o governo de fato, Zelaya só pode deixar o país como asilado político.
O ministro da Comunicação Social de Honduras, René Zepeda, afirmou em comunicado na TV estatal:
- Ficou claro que o governo mexicano deixou sua posição original de lado, apresentando um pedido que não cumpre os requisitos legais para uma condução segura de asilo político.
O chanceler hondurenho Carlos López salientou que as negociações "continuam abertas" e explicou as razões da negativa de salvo-conduto:
- O pedido foi considerado improcedente por falta de qualificação jurídica do tipo de asilo oferecido pelo governo mexicano.
Manuel Zelaya afirmou a uma rádio local que não renunciará ao cargo de presidente para que possa viajar ao México:
- Em nenhum momento foi um pedido de asilo ou demissão do cargo que represento.
Sem a garantia do salvo-conduto, Zelaya optou por abortar a viagem ao México e permanecer na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Ele deixaria o país por volta da meia-noite, no horário local (4h00 desta quinta-feira, em Brasília).
O Ministério das Relações Exteriores do México disse em comunicado que estava costurando acordos "com o apoio de amigos e alguns políticos hondurenhos" a fim de garantir a segurança necessária para que o presidente Zelaya pudesse sair da Embaixada do Brasil. 
Manuel Zelaya foi deposto da Presidência de Honduras e exilado na Costa Rica em 28 de junho.

O governo golpista alegou que Zelaya violou o artigo 239 da Constituição, que rejeita a reeleição presidencial e prevê que qualquer um que apoie a medida, "direta ou indiretamente, será demitido de imediato de seu cargo, sendo inabilitado para a função pública pelo prazo de dez anos". 

Ele voltou ao país em segredo e está abrigado desde o dia 21 de setembro na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

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