Ninguém neste Distrito Federal acredita na mais remota possibilidade de o governador José Roberto Arruda ser impedido de governar. Se é que alguém chegou algum dia a acreditar nisso.
Com o início das férias da Câmara Legislativa – acertado com o governador em um almoço com sua base parlamentar – e o retorno às atividades apenas em 11 de janeiro, o foco da pressão popular se dispersa. A meia dúzia de garotos que fez barulho, foi pisoteada por cavalos e projetou nacionalmente a indignação popular, muito provavelmente vai ficar falando sozinha.
É a banalização total da mais grave prova de corrupção – registrada em vídeo! – que se tem notícia até hoje.
Hoje foi o último “dia útil” do ano para os políticos locais. Também no Congresso Nacional, as despedidas já começaram. Ainda haverá a votação do orçamento na semana que vem, e só.
No vazio do Planalto, Arruda reina. E reinará até dezembro de 2010, porque não há mobilização que o retire da cadeira de governador. A temida carta na manga de seus adversários – um novo vídeo, ainda mais arrasador que o já divulgado – até hoje não veio a público, indicativo de que a munição acabou.
Quando retornarem das festas de fim de ano, os brasilienses vão submergir na melancolia de seu verão chuvoso. Dificilmente haverá ânimo ou força política para desencastelar Arruda.E a capital do país vai mergulhar numa campanha eleitoral que começa com um mar de lama.
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